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IEME Brasil cria Laboratório de Homologação para componentes metroferroviários

Por Redação em 18 de maio de 2010 às 16h33 (atualizado em 13/04/2011 às 14h37)

Laboratório realiza testes para garantir a segurança do transporte de carga em ferrovias

A IEME Brasil, empresa de engenharia consultiva, está montando um laboratório de homologação de componentes metroferroviários de vias permanentes, que irá operar em conjunto com o Laboratório de Estruturas da Escola de Engenharia da USP São Carlos (LE-EESC/USP). Como alguns dos vários equipamentos que estão sendo importados da Alemanha e Itália estão em São Carlos (SP), a empresa já está realizando testes em materiais elastoméricos e componentes de vias permanentes, tais como fixações, AMVs – aparelhos de mudança de vias e dormentes – no local, mas brevemente o laboratório terá endereço na capital paulista. “Planejamos mudar para São Paulo dentro de seis meses”, estima Marco Juliani, engenheiro civil e diretor da IEME Brasil.

Ele explica que a homologação é o procedimento destinado a atestar se os componentes de determinado fabricante de elementos que compõem as vias permanentes atendem aos requisitos técnicos e de qualidade. No geral, os produtos são submetidos a condições reais de utilização para avaliar seu desempenho. No caso dos componentes de vias permanentes metroferroviárias, os testes são estabelecidos por órgãos normativos nacionais e internacionais. “A homologação é de fundamental importância principalmente para linhas ferroviárias nas quais são transportados grandes volumes de carga, uma vez que são submetidas a grandes esforços. É uma questão de segurança averiguar profundamente se as propriedades mecânicas e desempenho de elementos, como trilhos, fixações, ancoragens etc vão resistir aos esforços as quais serão submetidos e, ainda, se manterão suas características originais ao longo do tempo, garantindo a manutenção da segurança durante os anos de uso”, detalha.

Outro fator de importância destacada por Juliani é o controle dos problemas secundários causados à população do entorno das ferrovias, como ruídos excessivos e, principalmente, o enfraquecimento de construções prediais e/ou residenciais. “Esses problemas podem ser evitados com planejamento e medições que quantificam os efeitos que serão produzidos pelo tráfego dos veículos sobre trilhos”, considera. Ele explica que no início do processo é realizado um mapeamento do entorno da linha do trem para levantar os tipos de construção que existem na área. Em seguida são feitas simulações para calcular a forma como essas construções serão afetadas pela circulação dos veículos. Também são identificados os pontos mais críticos, em áreas que não podem ser afetadas por vibrações e ruídos. A empresa, então, sugere a aplicação de apoios nesses pontos mais críticos da linha, um sistema de atenuação de vibração chamado massa-mola. “O sistema de apoio é composto por uma laje flutuante apoiada em bases elastoméricas, confeccionadas em um material semelhante à borracha que propicia a redução das vibrações”, detalha Juliani. Ele acrescenta que, além de gerenciar as obras de instalação dos apoios, é preciso realizar testes práticos desses pontos para verificar a eficácia do sistema antes que a linha ferroviária comece a operar.

Segundo o diretor, até a mudança para São Paulo, o laboratório estará totalmente estruturado e habilitado para realizar no Brasil todos os ensaios estáticos e dinâmicos definidos em normas técnicas internacionais em materiais para atenuações de vibrações em vias metroferroviárias. “Alguns desses testes eram realizados apenas fora do país e agora poderão ser realizados aqui, devidamente acompanhados por todos os envolvidos”, destaca referindo-se aos fabricantes dos componentes e empresas metroferroviárias.

O engenheiro explica que a criação do Laboratório foi motivada pela retomada recente do setor ferroviário brasileiro e a perspectiva de que este seja contemplado com mais investimentos nos próximos anos. “O transporte ferroviário, após décadas de estagnação, mira a possibilidade de uma grande mudança no futuro. Há a expectativa de que a malha ferroviária passe dos atuais 29 mil quilômetros para 35 mil, até 2015 e queremos atender a essa demanda”, finaliza.

www.iemebrasil.com.br

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