Ibovespa
120.269,31 pts
(-0,67%)
Dólar comercial
R$ 6,19
(0,26%)
Dólar turismo
R$ 6,45
(0,14%)
Euro
R$ 6,46
(0,33%)

Standard obtém licença para exportação de carne

Por Redação em 21 de janeiro de 2009 às 15h08 (atualizado em 05/05/2011 às 11h51)

Especialista em frigorificados recebe homologação para embarcar carne para a Rússia, o maior importador do produto do país

Depois de quase um ano cumprindo orientações  e promovendo adequações na unidade de Cubatão (SP), a Standard Logística e Distribuição, empresa que opera exclusivamente com produtos frigorificados, recebeu habilitação do governo russo para exportar carnes para aquele país, o que possibilitará um aumento significativo na movimentação deste ano. A expectativa é de sair do patamar de 180 mil toneladas por ano – montante consolidado em 2008 – para 380 mil toneladas neste ano.

A receita das exportações brasileiras de carne bovina cresceu 20,4% no ano de 2008, conforme dados divulgados pela Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne). A Rússia é hoje o maior comprador da carne brasileira, liderando o ranking dos importadores com US$1,4 bilhão.

Segundo Linda Machado, diretora Comercial da Standard, a unidade do Cubatão é vital para a empresa porque o maior volume de exportação de carne congelada do país parte do porto santista. “Não há como ser um operador frigorificado em Santos, sem a habilitação para a Rússia. A partir de agora já podemos atender a nossos clientes também para este importante mercado”, comenta. Cerca de 80% do volume deste produto exportado pelo Brasil são escoados pelo Porto de Santos. E isso também vai abrir importante precedente para que a empresa obtenha também a homologação para cumprir às exigências da União Europeia.

Para exportar para a Rússia, a provedora deve seguir rigorosamente os padrões sanitários exigidos no atestado da Circular N°1241/2008 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil. A executiva comenta que antes o governo russo mantinha um técnico de plantão para acompanhar os procedimentos e assegurar os seus padrões de qualidade – agora isso já não é mais necessário. “Os benefícios de fazer parte da lista de empresas exportadoras são muitos. Essa habilitação propicia à Standard armazenar a mercadoria com toda segurança e confiabilidade exigidas pela Rússia. Além disso, como já operarmos como sistema Redex na unidade do Cubatão, isso agiliza o desembaraço da carga deixando-a pronta para o embarque”, diz Linda, enfatizando que o país representa hoje de 30% a 40% da movimentação de carnes exportadas pela empresa.

Estratégia

Para dar conta do incremento previsto, as unidades  das regiões Sul e Sudeste da companhia acabam de passar por um processo de ampliação de 50% de capacidade operacional. A unidade de Cubatão, por exemplo, tem perspectivas de crescimento que permitirá atingir uma movimentação de  30 mil toneladas por mês em 2009. Isto porque foram feitas intervenções que permitiram o aumento considerável da capacidade de armazenagem de contêineres, melhorias internas no sistema de informação e no pátio. O espaço antes destinado a 226 contêineres reefers, agora acomoda 370. O pátio para cargas conteinerizadas secas antes voltados para 120 unidades passa a abrigar 200 – a empresa não revela os investimentos.

Além de toda a estrutura disponível para contêineres em Cubatão, o terminal mantém ainda dois túneis de congelamento com capacidade para 100 toneladas, mais uma área de amazenagem para 15 mil posições-palete.
Estrategicamente localizada na conjunção das margens esquerda e direita do Porto de Santos (na antiga estrada Piaçaguera-Guarujá), a unidade vai contar ainda com um ramal ferroviário próprio, de cerca de 200 metros, para 30 vagões, cuja infra-estrutura está sendo implantada em conjunto com a operadora ALL e deverá ficar pronta ainda no primeiro semestre do ano. “Essa iniciativa visa trazer a produção do Alto Araguaia, através da ferrovia para o Porto de Santos”, antecipa Linda. A estimativa é a de que sejam movimentadas mil toneladas de carnes frigorificadas por dia. Os valores do investimento estão em discussão.

Segundo Linda, a Standard não sofreu um abalo muito forte com a crise. “Normalmente, a movimentação no final de ano é menor porque as compras são feitas previamente, pois o mar na Rússia congela  nesta época do ano. O movimento é retomado só depois de janeiro”, explica. Para 2009, a Standard prevê um crescimento de 15% nos seus negócios, somando a movimentação de todas as onze unidades operacionais.

www.standardlog.com.br

Usamos cookies e tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência, analisar estatísticas e personalizar a publicidade. Ao prosseguir no site, você concorda com esse uso, em conformidade com a Política de Privacidade.
Aceitar
Gerenciar