A Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol) solicitou ao Ministério da Saúde a inclusão dos operadores logísticos no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19. O pedido foi feito por meio de um ofício protocolado junto ao ministério na última semana. De acordo com a própria Abol, o setor logístico se mostrou essencial durante a pandemia e a atividade apresenta impossibilidade de isolamento social.
No texto, a associação destaca que, desde o início da disseminação do vírus, trabalhadores que atuam na logística não pararam. Muitos operadores, inclusive, precisaram aumentar a sua capacidade operacional para enfrentar o desafio imposto pelo crescente fluxo do e-commerce e pelo aumento da demanda por produtos fármacos e médicos. Para acompanhar o novo momento, as empresas tiveram que contratar mais funcionários e colaboradores em um contexto de insegurança sanitária.
“Ainda que os operadores logísticos tenham adotado todos os protocolos de segurança e boas práticas internacionais para garantir um ambiente seguro para os profissionais, que não poderiam trabalhar de casa pela natureza do serviço prestado, sabemos que o risco de contaminação ainda existe e só poderá ser reduzido a partir da vacinação”, afirma a diretora executiva da Abol, Marcella Cunha.
As considerações feitas pela Abol foram reforçadas pelo corpo de conselheiros que forma o Brasil Export – Fórum Nacional de Logística e Infraestrutura Portuária, parceiro da associação. Em carta encaminhada aos ministérios da Saúde e da Infraestrutura, o grupo afirmou ser fundamental ampliar o leque de categorias contempladas como prioritárias. Nesse sentido, eles apontaram práticos, agentes marítimos, vistoriadores de carga, despachantes aduaneiros, empregados de estaleiros, empresas de armazenagem, condomínios e operadores logísticos, profissionais que atuam na manutenção de rodovias e ferrovias, dentre outros.