A Sontra Cargo, empresa que oferece uma plataforma de mesmo nome que conecta motoristas a cargas disponíveis, realizou uma pesquisa intitulada Perfil do Caminhoneiro Brasileiro. Durante 40 dias foram captados dados de mais de 1.700 profissionais referentes à escolaridade, remuneração, tempo de trabalho e condições familiares.
No levantamento, os fatores de destaque são as condições de trabalho em comparação à remuneração recebida pelos caminhoneiros. Dentre os que responderam ao questionário, 74,2% realizam entre uma e dez viagens durante o mês, e 61,2% rodam entre 601 e mais de 1.000 quilômetros. Entretanto, os valores recebidos giram entre R$ 2.000 e R$ 6.000 para 60% deles. Em relação à localidade, 51,5% dos respondentes vive no Sudeste, 25,5% no Sul, 12% no Centro-Oeste, 8,7% no Nordeste e apenas 2,3% na Região Norte.
Além disso, 84,7% ou são trabalhadores autônomos (68,5%), ou possuem regime de pessoa jurídica (16,2%). Essa autonomia, aliás, é destacada por 30,8% como um fator importante na escolha da carreira. Somente 15,2% são contratados via Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Questionados sobre a ligação com a profissão, 22,1% disseram ter pais caminhoneiros e escolheram a área de atuação baseada nesse fator. Contudo, a decisão de se tornar motorista ocorreu há pouco tempo: 57,4% entraram há menos de dez anos, sendo que 35,9% entre zero e cinco anos.
A responsabilidade desses trabalhadores perante suas famílias também foi outro quesito analisado. Dos respondentes, 81,4% são a renda principal de suas residências e a faixa etária da maioria (76,1%) está entre 33 e 56 anos.
Ainda no levantamento, informações como a escolaridade desses motoristas ajudam a definir o perfil dos profissionais: 32,4% têm o ensino médio completo, 11,3% concluíram o ensino fundamental, 9,5% possuem curso superior completo e somente 1,6% tem pós-graduação. Também neste quesito, o dado negativo é que 11,6% não chegaram a concluir o ensino fundamental.
De acordo com Bruno Moreira, diretor de Marketing da Sontra Cargo, todas as informações encontradas na pesquisa serão de extrema importância para que a plataforma continue pensando em ações que tragam benefícios a esses profissionais. “Saber o quanto ele dirige por mês, qual a posição dele na sociedade, como ele é representativo para sua família e as motivações que o fizeram decidir por esse trabalho certamente fazem com que o nosso trabalho nesse segmento seja muito mais assertivo e prazeroso”, explica. “Tudo isso será o diferencial na nossa busca por parcerias e ações que ajudem ainda mais a melhorar o mercado de um modo geral”.