A Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (Abol) divulgou no mais recente Perfil do Operador Logístico (OL) no Brasil, estudo realizado junto ao Instituto Ilos, a representatividade das empresas filiadas à associação.
A entidade divulga que seus 31 associados juntos somaram R$ 27 bilhões da receita bruta total gerada pelo setor logístico no país, ou seja, 16,2% dos R$166 bilhões registrados no ano passado pelas mil empresas de pequeno, médio e grande portes, que formam esse mercado.
Além disso, os operadores logísticos (OLs) associados à Abol geraram 473 mil empregos diretos e indiretos, de um universo de 2 milhões de oportunidades abertas em 2021. Foram R$ 6 bilhões arrecadados em tributos e encargos (13,6% do total do setor, de R $44 bilhões), R$ 2 bilhões de investimentos (11,1% do total do setor, que investiu R$18 bilhões) e 51 milhões de toneladas transportadas (13% dos 391 milhões gerais).
De acordo com a pesquisa, os 94% dos OLs com faturamento superior a R$ 601 milhões aumentaram a receita operacional bruta entre 2020 e 2022, ainda que a performance da margem de lucro não tenha acompanhado esse ritmo em função, principalmente, do aumento dos custos operacionais, como com o óleo diesel. Ao mesmo tempo, 94% desse grupo teve um incremento no número de clientes e hoje, em média, um OL atende clientes de oito setores diferentes e 51% possuem atuação internacional.
“Os dados deixam clara a participação da Abol dentro de um setor pujante e fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país. Não é à toa que a nossa prioridade continua sendo a regulamentação e o reconhecimento da atividade por meio do PL 3757/2020", destaca a diretora executiva da Abol, Marcella Cunha.
Ainda segundo a executiva, a Abol tem feito um trabalho de esclarecimento contínuo sobre a importância do texto aos parlamentares que procuram a entidade com dúvidas e interessados em entender melhor o que é o OL e assim poderem contribuir com a discussão. “O mesmo vem acontecendo com outros setores, como é o caso de entidades do transporte, do agronegócio, da indústria e do varejo/e-commerce", explica Marcella.
Para a diretora executiva, a resiliência das filiadas à Abol diante dos últimos acontecimentos, como a pandemia, alta do combustível e de utilities (energia e água), além da alta da inflação, mostra a força dessas empresas, que contam com a parceria e o apoio da Associação para enfrentar as dificuldades e elaborar o seu planejamento estratégico. “São OLs muito representativos, que alavancam o mercado e trazem constante inovação, conforme apontam os próprios números.”