A Associação Nacional do Transporte e Logística (NTC&Logística) anuncia que, apesar de um ano de 2020 desafiador, os profissionais do setor ainda se mantêm positivos para o próximo ano.
O membro do conselho administrativo da Transita Transportes e coordenador nacional da Comissão de Jovens Empresários e Executivos da NTC&Logística (Comjovem), Andre de Simone, acredita que a imagem do transporte de cargas assumindo caráter mais positivo perante à sociedade pode ajudá-lo a entrar em ritmo de retomada.
“O transporte está ficando cada vez mais em evidência com a velocidade da informação. Todo mundo recebe os valores e ideais do transporte na palma da mão, principalmente quando a sociedade mais precisa como em um caso de pandemia que estamos vivendo ou em catástrofes e em casos de desabastecimento da cidade. A sociedade em geral está começando a dar um pouco mais de atenção para este que é um serviço essencial”, diz Simone.
O CEO da TransRuyz Transportes, Antonio Ruyz, ressalta que 2020 foi um ano de muito aprendizado para as empresas, preparando-as para futuros desafios. “Este foi um ano de muito aprendizado, tanto como pessoa quanto como profissional. Um ano de pandemia nenhuma formação em qualquer instituição poderia proporcionar. Nenhuma faculdade, MBA ou livro de gestão tem um tópico que aborde o comportamento e ações a serem adotadas em caso de pandemia. Saímos deste ano com uma musculatura muito mais robusta, com conhecimentos mais amplos e bem mais preparados para as próximas adversidades que podem surgir. Nós nos reinventamos nos nossos processos e nos adaptamos a uma realidade online.”
Apesar do otimismo, o COO da GVM Solutions Brasil, Felipe Medeiros, pensa no próximo com cautela, esperando uma melhora no setor e no país, mas não sem percalços. “Acredito que ainda será um ano de muitos desafios. Precisamos interpretar o cenário no início do ano para planejarmos os próximos passos, pois o mercado ainda está muito sensível aos impactos da Covid-19. É necessário manter o pensamento positivo e fazer o que estiver em seu alcance para que se concretize. Seguiremos investindo em pessoas, tecnologia e frotas. Exatamente nessa ordem”.
A confiança do setor se mantém mesmo após a entidade divulgar um levantamento que apontou que a demanda por serviços do transporte rodoviário de cargas chegou a atingir um pico 45,2% de recuo, após um começo com queda de 26,1% de acordo com dados do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp).