Na busca de alternativas para a precária infra-estrutura das rodovias brasileiras, a Faster Road Express , empresa especializada no transporte rodoviário de cargas, mudou as rotas de suas entregas com origem em São Paulo e destino à Minas Gerais, Espírito Santo e Nordeste. No trajeto anterior, os caminhões da empresa com destino ao Nordeste viajavam pela Rodovia Fernão Dias e pela BR 116. Agora, eles seguem pela Dutra, BR 393 e BR 116. Nas viagens com destino a Minas Gerais e Espírito Santo, a mudança foi o uso do Rodoanel ao invés das marginais na saída de São Paulo. Karina Araújo, diretora da empresa, diz que os primeiros resultados da mudança feita em maio já surgiram. "O percentual de avarias caiu de 0,6% para 0,2%, números significativos principalmente levando em conta que os produtos transportados são eletroeletrônicos e medicamentos, itens caros e que não tem cobertura de seguro". Os acidentes também foram reduzidos, segundo a diretora, de 0,05% em janeiro para nenhuma ocorrência em julho. A mudança de rotas não trouxe um aumento significativo na quilometragem do percurso. "O acréscimo foi de apenas 10 km, porém o custo do pedágio saltou de R$ 36,00 para R$ 130,00, um aumento de 361% que é compensado pelo menor desgaste do veículo", explica Karina. De acordo com a diretora da transportadora, os caminhões também passaram a desenvolver maior velocidade por trafegar em estradas com melhores condições, porém a morosidade dos postos de fiscalização elimina esta vantagem. A Faster Road Express pertence ao grupo Faster Brasex, que oferece serviços logísticos que vão desde armazenagem até distribuição. Também fazem parte do grupo a Brasex, especializada em distribuição rodoviária para as regiões Norte e Centro-Oeste, a Faster Logistics, operador logístico, e a Faster Air Express, especializada em agenciamento de carga aérea. O Grupo Faster Brasex possui frota de 514 veículos e faturou R$ 110 milhões no ano passado.