Aconteceu dia 05 de março, a coletiva de imprensa organizada pelo Setcesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região) a fim de abordar a restrição aos caminhões na Marginal Tietê, que entrou em vigor no mesmo dia com fiscalização da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
A entidade, que trabalha pela mobilidade urbana e pelo abastecimento da cidade de São Paulo, reafirmou sua posição contra as restrições aos caminhoneiros na Marginal Tietê e vias adjacentes. Isso porque, o sindicato acredita que a proibição não é solução viável para o trânsito da cidade, uma vez que os veículos de carga são responsáveis pelo abastecimento do município e se configuram em um transporte de caráter coletivo.
Além disso, o Setcesp não acredita que uma via estrutural de importância, como é o caso da Marginal Tietê, corredor de acesso para diversas rodovias que cortam diversas regiões do Brasil, seja restrita aos caminhões sem apresentar outra alternativa, como no caso das Marginais Pinheiros, onde há o acesso ao Rodoanel Mário Covas.
“Somos totalmente contra as restrições aos caminhões e ainda estamos negociando as reivindicações. Além disso, a estrutura de São Paulo precisa melhorar, criando mais vagas para carga e descarga”, comenta Francisco Pelucio, presidente do Setcesp.
De acordo com o executivo, as restrições aos caminhões geram dificuldade nas operações e, por consequência, oneram os custos, que pressionam os fretes e, no final da cadeia, aumentam os preços dos produtos aos consumidores. Para Pelucio, a norma pode acabar gerando um acréscimo no frete que varia de 15 a 20%.
“Não há motivos para que haja a restrição, as marginais são livres nos períodos estipulados, mas caso seja mantida a proibição, o ideal seria que acontecesse das 7h às 9h e 17h às 20h”, completa. A resolução que entrou em vigor no dia o5 de março, estabelece a restrição aos caminhões na Marginal Tietê das 5h às 9h e das 17h às 22h, de segunda a sexta-feira, e das 10h às 14h aos sábados.