A Volvo do Brasil inaugurou ontem, dia 29 de novembro, sua nova unidade fabril localizada dentro da Cidade Industrial da companhia, em Curitiba, destinada à produção de caixas de câmbio eletrônico I-Shift. Com a estrutura, o Brasil passa a ser o primeiro país a contar com uma fábrica das caixas I-Shift além da Suécia, sede mundial da Volvo. Até então, o componente era importado da Europa e montado nos caminhões da empresa no Paraná.
Para a nova planta, foram investidos cerca de R$ 25 milhões – que incluem também o início da produção local de motores de 11 litros – e criados 30 empregos na linha de montagem. As caixas nacionais, que começam a ser fabricadas já na próxima semana, equiparão as linha de veículos pesados FH e FM da Volvo.
Segundo Roger Alm, presidente da Volvo do Brasil, a aceitação do I-Shift no Brasil e nos demais países da América do Sul justifica os investimentos na unidade fabril. “Ela já equipa cerca de 80% dos caminhões FH e FM e mais de 90% dos ônibus rodoviários que saem de nossa linha de montagem em Curitiba”, conta.
A nova fábrica possui capacidade para produzir 13 mil unidades por ano, suprindo a demanda de cerca de dez mil caixas I-Shift absorvidas pelo mercado nacional. “A unidade está preparada para, se necessário, exportar o produto para o resto do mundo”, revela Nilton Roeder, diretor de Powertrain da Volvo Latin American. Na Suécia, a Volvo produz um total de 120 mil caixas anualmente.
O componente é uma alternativa de câmbio automatizado que a Volvo oferece aos transportadores. Com dois modos de condução disponíveis – econômico e de potência, destinado a trechos íngremes, por exemplo –, o motorista precisa somente acelerar e frear. A caixa, completamente integrada ao motor, apresenta trocas silenciosas das 12 marchas disponíveis, que se ajustam aos padrões de mudanças de acordo com as condições reais de direção.
Motor nacional
A Volvo aproveitou a ocasião para anunciar o início da produção de seus motores de 11 litros no Brasil, modelo que equipa os caminhões da linha FM e chassis de ônibus pesados da marca.
Segundo Nilton Roeder, o investimento na produção local tem como objetivo proporcionar maior agilidade às operações brasileiras. Curitiba é uma das cinco cidades com fábricas da companhia ao redor do mundo dedicadas à produção de motores, ao lado de Skovde, na Suécia, Lyon, na França, Hagerstown, nos Estados Unidos, e Ageo, no Japão.