O Porto de Suape (PE) divulgou que a movimentação de cargas cresceu, em janeiro deste ano, 42% frente ao mesmo período de 2013, chegando a 1,31 milhão de toneladas. Além disso, ultrapassou em 2,3% o último recorde de movimentação mensal, que havia sido de 1,28 milhão de t em setembro de 2013.
De acordo com informações, a alta se deve, principalmente, à maior movimentação dos graneis líquidos, que chegou a 763 mil t, correspondendo a 58% da carga total do mês. Do volume da carga de graneis líquidos, 369 mil t foram de óleo diesel, já que, recentemente, a Petrobras optou por fazer de Suape a distribuição de combustível por via marítima para outros portos do Nordeste.
O aumento na movimentação de contêineres também contribuiu para o desempenho de Suape neste início de ano. Em janeiro, mais de 38,7 mil TEUs foram movimentados no porto, 12% mais em relação ao mesmo mês de 2013. Em relação a dezembro passado, a alta foi de 13%.
A evolução na movimentação portuária acontece em paralelo à realização de obras de infraestrutura, iniciadas no último mês de janeiro, que devem melhorar a capacidade de recepção de navios do porto. Segundo o diretor de Gestão Portuária de Suape, Leonardo Cerquinho, mesmo com obras o terminal conseguiu aumentar o volume de cargas movimentadas.
Para o vice-presidente de Suape, Caio Ramos, há bons motivos para acreditar que a trajetória de alta será mantida durante todo o ano, mesmo antes do início do funcionamento da Refinaria Abreu e Lima. “Após a conclusão das obras no porto planejadas para maio, Suape terá ganhos de profundidade, comprimento de navios e vazão de descarregamento”, diz.
Melhorias
Em janeiro deste ano, o Porto de Suape iniciou obras nos Píeres de Graneis Líquidos (PGL) 1 e 2 para ampliar a capacidade de recepção de navios que atenderão à Refinaria Abreu e Lima, prevista para entrar em operação no fim deste ano. Esses serviços, somados à colocação de todos os dutos necessários em outros píeres para atender a refinaria, somam R$ 670 milhões.
No PGL 1 tem sido realizada a duplicação do cabeço de amarração da ponta do píer, local onde os navios ficam atracados. A obra vai permitir que o píer receba dois navios de até 200 metros simultaneamente, acelerando as operações, pois hoje o píer tem capacidade para receber, ao mesmo tempo, um navio de 200 m e outro cuja extensão não pode ultrapassar 145 m.
Já as intervenções realizadas no PGL 2 consistem na troca de defensas – proteções emborrachadas para evitar o impacto do navio contra o cais –, na ampliação do quantitativo de “braços” (conectores) de dutovias e na troca destes dutos. Estas obras permitirão uma redução de 30% do tempo médio de operação dos navios com cargas de derivados de petróleo.