O Porto de Paranaguá (PR) passou, no mês de junho, por um estudo logístico com o objetivo de avaliar as condições do terminal para trabalhar com operações de exportação envolvendo pás eólicas – cargas superdimensionadas que chegam a medir 52 metros e pesar de 14 a 22 toneladas. Com a aprovação, o porto começou a receber as cargas – fabricadas no interior de São Paulo –, até então exportadas pelo Porto de Santos (SP).
Trata-se, portanto, do primeiro embarque do tipo realizado em Paranaguá. “Disponibilizamos uma área de cerca de 3.000 m² para acomodar o lote, delimitada com total segurança e limpeza no cais. Além disso, o Porto de Paranaguá oferece mão de obra qualificada para a operação”, afirma o diretor Empresarial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Lourenço Fregonese.
De acordo com o executivo, a nova operação é resultante da participação da Appa em feiras e eventos do setor logístico. “Por meio desses contatos buscamos trazer a carga geral de volta. Apresentamos as qualidades e facilidades dos portos de Paranaguá e Antonina, como boa mão de obra dos Trabalhadores Portuários Avulsos (TPAs), bons operadores portuários e acesso fácil, já que a BR-277 termina exatamente no nosso portão principal”, completa o diretor.
O navio UAL Capetown, que fará o transporte da carga, atracou em Paranaguá no último sábado, dia 1º de setembro, e já está em processo de carregamento. No primeiro lote, serão exportadas 60 peças, mas já existe previsão para outras duas operações. Cada pá leva cerca de 30 minutos para ser carregada. Outras 20 já aguardam na área de armazenagem do porto. Segundo a Ecovia, concessionária que administra a BR-277 e presta apoio ao transporte das pás, desde o dia 1º de agosto 82 carretas transportando as peças já desceram a Serra do Mar.