Hamburg Süd divulga balanço de operações

A Hamburg Süd divulgou, neste mês de abril, seus números referentes a 2011. A companhia registrou no ano cerca de 3,1 milhões de TEUs movimentados, aproximadamente 9% de contêineres a mais do que em 2010. Por conta da baixa do dólar americano na média do ano, a receita das operações regulares da companhia cresceu 6%, totalizando 4,2 bilhões de euros, um pouco inferior em comparação com o volume. Com a inclusão de atividades como break-bulk e product tanker, o volume total de negócios aumentou para 4,8 bilhões de euros, um crescimento de 7% em relação ao ano anterior.

Em virtude dos fretes estagnados, e ao mesmo tempo com um aumento acentuado dos custos operacionais, o resultado em 2011 ficou abaixo do plano e pouco menor do que o ano anterior. Os gastos com investimentos na forma de pagamentos iniciais e finais de novos navios em sua maior parte, não puderam ser cobertos inteiramente com o fluxo de caixa operacional.

Ponto de vista econômico

Diante da crise do endividamento que marcou a Europa em 2011, a Hamburg Süd registrou um aumento de 8% nos embarques mundiais de contêineres, cerca de 150 milhões de TEUs. Embora as principais rotas comerciais Leste-Oeste tenham apresentado um avanço abaixo da média, os embarques internos da Ásia e uma série de rotas Norte-Sul atingiram taxas de crescimento de dois dígitos. Com a entrada de novos navios, a capacidade global de slots cresceu em 8%.

A quantidade de navios de grande porte, com capacidade acima de 10 mil TEUs que entraram em serviço, se destacou. Essas embarcações foram inseridas quase que exclusivamente nas rotas entre Ásia e Europa, deslocando a tonelagem de porte médio, que não migrou para as rotas Norte-Sul, e lá contribuíram para o excesso de capacidade e também a pressão sobre as receitas.

Com o aumento significativo do volume global de embarques de contêineres e a estabilização da situação econômica de muitos transportadores em 2010, o ano acabou sendo somente uma fase de recuperação. Frente a uma economia global enfraquecida, ainda assim a Hamburg Süd conseguiu aumentar seu volume de carga em 9%, alcançando a marca de 3,1 milhões de TEUs em 2011.

A companhia otimizou ainda mais sua rede se serviços. Através de hubs de transbordo em Cartagena (Colômbia) ou Tangiers (Marrocos) estão sendo oferecidas aos clientes conexões adicionais entre a América do Sul e a Europa, assim como Oriente Médio. Nas rotas da Europa para o Mediterrâneo Oriental, foi implementada uma nova cooperação com outra empresa de navegação, e que será ampliada em 2012 com a utilização de navios maiores e mais eficientes. Além disso, será aumentada a capacidade nas rotas da Europa para Índia e Paquistão.

No segundo semestre serviços de várias rotas foram racionalizados em conjunto com os parceiros para se adequar aos volumes reduzidos em razão da sazonalidade. Isto envolve, entre outros, o serviço do Mediterrâneo Ocidental para a Costa Leste da América do Sul e também vários da Ásia para a América do Sul, Austrália e Nova Zelândia.

Frota

A frota do Grupo Hamburg Süd, até o final de 2011, totalizava 160 navios, 43 deles próprios. Os serviços de liner empregaram 107 navios e o setor tramp utilizou 53 embarcações. Embora a quantidade de navios porta-contêineres tenha sido reduzida em seis unidades em relação ao ano de 2010, a capacidade de slots nos serviços de linha aumentou em cerca de 6%, para aproximadamente 395 mil TEUs. Com o aumento da capacidade média da frota, os custos por slot foram reduzidos.

Um total de cinco navios da série “Santa” entrou em operação no ano passado. Até agora são as maiores embarcações porta-contêineres pertencentes ao Grupo Hamburg Süd com uma capacidade de 7.100 TEUs e podem carregar até 1.600 contêineresrefrigerados. Desde o final de 2011, sete unidades já foram empregadas nas rotas entre Ásia, ou Norte da Europa e a Costa Leste da América do Sul.

A Hamburg Süd pretende continuar com sua estratégia de aumentar a parcela de navios próprios e contêineres nos próximos anos. Os três últimos navios da classe “Santa”, assim como quatro navios menores (de 3.800 TEUs), serão entregues neste ano. Além disso, aproveitando as vantagens da queda acentuada nos preços de navios novos, a companhia fez pedidos para seis embarcações de 9.600 TEUs em março de 2011, que deverão ser entregues em 2013 ou 2014, para serem empregados nos serviços da América do Sul.