Equipamento será aplicado pelos próximos cinco anos na manutenção continuada dos canais de acesso
O Porto do Rio Grande recebeu ontem, dia 05 de agosto, a draga Copacabana, equipamento que executará o serviço de dragagem de manutenção continuada dos canais de acesso por um prazo de cinco anos. Hoje, será solicitado à Capitania dos Portos do Estado do Rio Grande do Sul e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a vistoria e o licenciamento a fim de que a dragagem seja iniciada. Ao todo, o governo do Estado investirá ao longo de cinco anos R$ 76,7 milhões no porto gaúcho. Apenas este ano, R$ 29,7 milhões serão aplicados, enquanto o restante do volume será investido até 2013.
O superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco, diz que a dragagem continuada por um prazo de cinco anos é inédita no porto rio-grandino e que trará tranqüilidade aos operadores portuários e segurança à navegação. “O porto terá seu calado garantido, não sofrendo nenhum tipo de restrição quanto à profundidade. Além disso, sua imagem no mercado internacional, principalmente entre os grandes armadores, será reforçada positivamente tornando-o ainda mais competitivo”, salienta.
A estimativa é que no primeiro ano de trabalho o volume a ser dragado para manutenção do calado seja de 2,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos. Para os quatro anos seguintes, a meta é remover 1,5 milhão de metros cúbicos por ano devido ao assoreamento natural. A dragagem será iniciada pela bacia de evolução do Porto Novo, garantindo o calado de 31pés ao cais público.
A máquina
A draga Copacabana, pertencente à empresa Bandeirantes Dragagem e Construção, do Rio de Janeiro, é dotada de sistema de posicionamento eletrônico tipo DGPS, software específico de dragagem, com classificação de navegação irrestrita (Alto Mar/Off-shore), e tem capacidade de cisterna de cinco mil metros cúbicos. A classificação de Alto Mar faz-se necessária devido à disposição do material dragado ser efetuada em alto mar, numa distância mínima de 12 milhas da costa. A draga, que possui 114,25 metros de comprimento, 18 metros de boca, capacidade para dragar profundidades de até 25 metros, já atuou nos portos de São Francisco do Sul (SC), Imbituba (SC) e Sepetiba (RJ). O último porto em que trabalhou foi o de Itajaí (SC).