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Aliança disponibiliza embarcação adicional para atender demandas da Região Norte

Ação foi adotada para minimizar os impactos operacionais causados pela estiagem
Por Redação em 2 de outubro de 2020 às 10h03 (atualizado às 10h10)

A Aliança Navegação e Logística, companhia que oferece os serviços de cabotagem, divulga que está disponibilizando uma embarcação adicional para atender as demandas de diferentes regiões do Brasil, principalmente a Norte, que estão sendo impactadas pela estiagem. De acordo com dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana) nas regiões dos estados da Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins, identificou-se um aumento da estiagem nos meses de junho e julho.

A mesma seca que acomete diversas regiões do país está acometendo o Amazonas. De acordo com o gerente da Aliança, Erick Lourenço, a régua de Manaus está com 3 metros a menos de água em relação ao mesmo período de 2019.

“Não podemos operar com o tráfego de cargas regulares, tão pouco podemos seguir com a velocidade com a qual estamos acostumados. A solução que encontramos para mitigar os possíveis problemas de abastecimento na região foi colocarmos um navio adicional”, diz Lourenço.

Aliança disponibiliza embarcação adicional para atender demandas da Região Norte
Divulgação

O executivo explica que as alterações na altura do rio acompanham as variações climáticas. “Alterações mais drásticas são esperadas para os meses nos quais ocorrem mais ou menos chuva, como no verão e no inverno. É um fenômeno natural que ocorre anualmente, com diversas variantes, por isso é difícil prever se uma vazante será maior ou menor a cada ano”, conta.

O impacto da altura do rio não é apenas ecológico. A região sofre também economicamente e com a distribuição de produtos. “O principal meio de transporte de carga na região é a cabotagem. Mas é necessário diminuir o volume de carga quando o rio atinge níveis mais baixos. A região do Tabocal, a aproximadamente 3 horas de navegação de Manaus, é hoje um ponto crítico para navegação. A profundidade é aproximadamente 6 m menor do que a régua de Manaus, que também indica uma altura menor do que a esperada para a época", comenta Lourenço.

A navegação com o nível do rio mais baixo tem impactado diretamente a quantidade de carga transportada e o tempo da viagem. “Navegar com o rio mais baixo traz inúmeros desafios, mas é preciso estar mais atento. Nessa época, o tempo de viagem é maior e o transporte de carga não pode ser feito com grande capacidade, pois isso aumenta as chances de encalhamento nos trechos mais rasos”, ressalta o gerente da Aliança.

De acordo com a Aliança, para minimizar os impactos o tema vem sendo conduzido pela Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac) junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), à Capitania dos Portos e às autoridades locais para que haja uma avaliação de medidas que possam ser realizadas nas regiões mais crítica do rio, como a do Tabocal.

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