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ANTF divulga balanço ferroviário dos últimos 13 anos

Por Redação em 25 de fevereiro de 2011 às 11h38 (atualizado em 11/04/2011 às 15h15)

Movimentação de cargas no modal cresceu 86% desde que o controle passou do Estado para a iniciativa privada

Segundo dados divulgados na última quarta-feira (23) pela Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), a movimentação de carga aumentou 86% desde a concessão das ferrovias brasileiras para a iniciativa privada, em 1997, até o final de 2010 – um salto de 253,3 milhões de toneladas para 471,1 milhões de t por ano. O crescimento foi alavancado principalmente pelo transporte de produtos siderúrgicos e de commodities agrícolas como soja, milho e açúcar.

  O número de empregos diretos e indiretos gerados pelo modal ferroviário cresceu 131,6% de 1997 a 2010. No mesmo período, a frota em circulação aumentou em mais de 128%. O número de locomotivas passou para 3.130 e o de vagões para 99.531. Além disso, a idade média da frota de vagões, que na década de 90 era de 42 anos, hoje é de 25. Segundo o diretor-executivo da ANTF, Rodrigo Vilaça, as ferrovias hoje transportam 25% de todas as cargas movimentadas no território nacional, apesar da extensão de apenas 28.476 quilômetros. Os números comprovam a importância do transporte sobre trilhos em relação aos outros modais, embora o rodoviário ainda seja predominante. “Para atender a demanda atual de cargas com mais eficiência, o Brasil deveria ter 52 mil quilômetros de ferrovias”, diz Vilaça. Segundo o executivo, o sistema tributário, a dificuldade de acesso e operação nos portos brasileiros e a falta de integração entre os modais são alguns dos problemas que afetam o crescimento do transporte de cargas. “Precisamos melhorar os modais com um plano integrado da matriz de transportes”, destaca Vilaça. Ele afirma, ainda, que o governo deveria dar mais atenção ao planejamento orçamentário, às mudanças no licenciamento ambiental e às desapropriações de terrenos. “Hoje pelo menos 200 mil famílias residem nas faixas de domínio das ferrovias, e ainda existem 12,5 mil passagens de nível crítico, que são cruzamentos entre estradas e ferrovias, além de travessias em áreas que foram se tornando densamente povoadas e que precisam urgentemente da construção de contornos ferroviários”, explica. Investimento Segundo a ANTF, os investimentos realizados pelas empresas concessionárias de 1997 a 2010 somaram mais de R$ 24 bilhões. Só no ano passado foram cerca de R$ 3 bilhões – quase 20% a mais que em 2009 – aplicados na recuperação da malha, adoção de novas tecnologias, redução nos níveis de acidentes, capacitação profissional, aquisição e reforma de locomotivas e vagões. Além disso, as concessionárias recolheram aos cofres públicos, em 2010, mais de R$ 1,91 bilhão em parcelas de concessão e arrendamento, impostos municipais, estaduais, federais e Cide – a Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico. Esses recolhimentos totalizam mais de R$ 14 bilhões recebidos pela União desde a implantação do modelo de concessões – soma superior ao déficit acumulado pela Rede Ferroviária Federal, a estatal que monopolizava as operações de transporte ferroviário antes de 1997. A malha ferroviária para o transporte de cargas em operação no Brasil totaliza 28.476 km, divididos em 12 concessões, que estão sob a responsabilidade de dez concessionárias. Nove delas são empresas privadas e fazem parte da ANTF. www.antf.org.br
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