Empresa assina protocolo de intenções para adotar serviço semanal entre os portos de Porto Alegre e Rio Grande
A Doux Frangosul assinou, no último dia 17 de março, um protocolo de intenções com o objetivo de criar um serviço regular de contêiner entre os portos de Porto Alegre e Rio Grande, ambos no Rio Grande do Sul. Representantes da secretaria de Infraestrutura e Logística, da secretaria dos Portos e Hidrovias, além de profissionais da Guarita – empresa responsável pelo transporte –, do Tecon Rio Grande e da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), assinaram o protocolo.
A operação consistirá em transportar os contêineres da unidade da empresa, em Montenegro (RS), até o Porto de Porto Alegre. De lá, seguirá, via hidrovia, para o Porto do Rio Grande. Segundo o diretor Geral da Doux Frangosul, Aristides Vogt, a frequência inicial já foi definida. “Vamos realizar um envio semanal por barcaça, mas nosso objetivo é introduzir um segundo dia no serviço”, afirma. A expectativa é que o transporte entre os portos seja iniciado no próximo mês de maio. Já a introdução de um segundo dia ainda não tem previsão para acontecer. Cada barcaça transportará cerca de 80 contêineres da Doux Frangosul.
O executivo explica que a iniciativa tem como meta escoar a produção destinada ao exterior da unidade de Montenegro (RS), responsável por 50% dos envios da companhia. Ao todo, 80% de tudo o que é produzido pela Doux é exportado. . A empresa não revela o volume fabricado. As cidades de Passo Fundo (RS), Caarapó (MS) e Caxias do Sul (RS) também contam com plantas produtivas. Nestas localidades, o transporte de produtos, a princípio, continuará sendo realizado pelo modal rodoviário
Vogt conta que atualmente são 60 contêineres de 40 pés transportados por dia, via rodovia, de Montenegro para Rio Grande. De acordo com ele, são cerca de 40 caminhões diariamente realizando o transporte da unidade até o porto rio-grandino. “No dia em que utilizarmos a barcaça teremos uma redução de 20% no número de veículos nas estradas”, diz. Apesar do aumento de transit time, de 10 horas quando utilizados os caminhões para 24 horas via barcaça, o diretor comemora a redução nos custos. Vogt, porém, não revela o índice verificado. Para a operação, o executivo anuncia que não foram necessários investimentos.