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BNDES aprova R$ 500 milhões para ferrovia da VLI Multimodal

Financiamento será usado em plano de investimentos de R$ 3,9 bilhões da Ferrovia Centro-Atlântica
Por Redação em 22 de janeiro de 2025 às 7h03
BNDES aprova R$ 500 milhões para ferrovia da VLI Multimodal
Foto: Divulgação/VLI
Foto: Divulgação/VLI

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 500 milhões para a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), administrada pela VLI Multimodal. O valor corresponde a metade de uma emissão de debêntures de infraestrutura de R$ 1 bilhão, restrita a grandes investidores, concluída em dezembro. A operação foi coordenada pelo BTG Pactual, BNDES e banco ABC Brasil. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.

Os recursos serão destinados ao plano de investimentos da FCA, estimado em R$ 3,9 bilhões até agosto de 2026, quando termina a concessão atual. A VLI Multimodal negocia com o governo federal a renovação antecipada do contrato, o que poderia viabilizar um novo ciclo de aportes de R$ 30 bilhões, conforme estimativas da empresa.

A malha ferroviária da FCA tem 7,2 mil quilômetros, sendo uma das maiores do país, mas parte dos trilhos está inoperante. A proposta de renovação da concessão faz parte de processos iniciados no governo Jair Bolsonaro, que buscavam estender contratos de concessão em troca de novos investimentos no setor.

Plano de investimentos em andamento
Enquanto a renovação do contrato não é definida – tema que enfrenta resistência no Ministério dos Transportes –, a FCA segue com o plano de investimentos vigente, que tinha 14,7% de execução até setembro de 2024.

De acordo com o BNDES, os recursos aprovados serão utilizados para ampliar e modernizar sete pátios ferroviários, substituir trilhos e dormentes para melhorar a segurança e aumentar a velocidade média dos trens, além de recuperar e instalar novos guarda-corpos em pontes e passagens de pedestres.

Expansão de operações via títulos de dívida
A aprovação do financiamento também destaca a ampliação das operações do BNDES por meio de títulos de dívida. Diferentemente dos empréstimos tradicionais, essa modalidade permite que o banco atue como investidor nas ofertas realizadas pelas empresas, repassando os recursos de uma vez. Isso facilita a revenda dos papéis nos anos seguintes e libera recursos para novos financiamentos.

O modelo já foi utilizado em julho de 2024 no financiamento de R$ 10,75 bilhões para a CCR Rio-SP, com R$ 9,4 bilhões sendo captados via títulos de dívida. Esse financiamento foi o maior já concedido pelo banco a uma concessionária de rodovias, abrangendo a Via Dutra e a Rio-Santos.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o investimento na FCA busca melhorar a logística integrada e multimodal no Brasil, um setor estratégico para a cadeia de suprimentos. Segundo Mercadante, os custos logísticos representam cerca de 11% do PIB nacional, e iniciativas como essa contribuem para a redução de gargalos na infraestrutura.

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