A VLI, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) fecharam um acordo para lançar o projeto Mapas (Mapeamento, Análise, Prognóstico e Ações Sustentáveis para as Faixas de Domínio da VLI). O objetivo com a iniciativa é diagnosticar e criar um método para aumentar a segurança nas faixas de domínio.
Segundo o gerente de Proteção ao Negócio da VLI e coordenador do projeto, Armando Profeta da Luz Filho, trata-se de uma iniciativa pioneira no setor ferroviário brasileiro, que garante mais segurança para as famílias que hoje possuem moradia às margens da ferrovia.
“Entre os benefícios a serem alcançados com o Mapas está a elaboração de diagnósticos e propostas para abordagem dos territórios das faixas de domínio. Além disso, o projeto apontará alternativas seguras para a realocação das famílias ocupantes, que possam ser apresentadas às administrações públicas locais. Tudo isso representa um ganho de segurança para as comunidades envolvidas e para a operação ferroviária”, afirma Profeta.
Ação
A faixa de domínio é aquela estabelecida tanto à direita quanto à esquerda das vias e instalações férreas, para garantir a segurança de todos. A margem da faixa de domínio tem medidas variáveis, conforme cada localidade e depende de registros da União, mas para que acidentes sejam evitados, ela deve ser de, no mínimo, 15 metros.
A VLI informa, porém, que em muitos casos, para ampliar ou mesmo construir propriedades, as pessoas acabam fazendo uso dessa área, que pertence à União. Profeta ressalta que a UFMG e o IFMG, entidades acadêmicas que têm excelência em pesquisa e desenvolvimento, construirão em conjunto com a VLI um método para tratar essa questão.
“Contamos com o Departamento de Ciências da Computação e Arquitetura da universidade e o Campus Santa Luzia do IFMG. O projeto Mapas vem para diagnosticar cenários e criar um método replicável, conectado diretamente à estratégia ESG da VLI”, reforça o gerente de Proteção ao Negócio da VLI e coordenador do projeto.
A operadora logística conta que um projeto-piloto será desenvolvido e colocado em prática na Região Oeste de Belo Horizonte e Contagem. Em um momento posterior, ele será expandido para outras regiões onde a companhia atua. “Além do primeiro objetivo, que é o social, haverá o desenvolvimento de soluções arquitetônicas priorizando o uso de materiais disponíveis na VLI”, frisa Profeta.
Já para a professora e coordenadora do Mapas pela Faculdade de Arquitetura da UFMG, Natacha Rena, o momento atual requer um aprofundamento das relações entre universidade e empresas dentro de uma perspectiva de produção de ciência e tecnologia com objetivo de desenvolver soluções inovadoras para tratar de problemas territoriais.
Nesse sentido, pontua a docente, é fundamental a criação de metodologias integrando mapeamento e análise, assim como a proposição de intervenções que melhorem consideravelmente a vida dos moradores das regiões adjacentes às faixas de domínio.