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Bom ano para equipamentos rodoviários e ferroviários

Por Redação em 8 de dezembro de 2005 às 12h20 (atualizado em 28/04/2011 às 14h56)

O Simefre (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários), apresentou ontem, dia 07 de dezembro, em evento realizado em São Paulo, o balanço do setor para o ano de 2005. O sindicato congrega os fabricantes de materiais e equipamentos ferroviários, rodoviários e duas rodas (motos e bicicletas), suas partes e peças.

No geral, a avaliação é de que o ano foi bom para as indústrias representadas pela entidade, com exceção do mercado nacional de bicicletas, que encolheu 10% este ano frente a 2004. O modal ferroviário foi o que obteve o melhor desempenho. “Parece que o empresariado brasileiro está descobrindo que é muito bom exportar pelo modal ferroviário”, colocou José Antônio Martins, presidente do Simefre, durante a abertura do evento.

Porém, para Rogério Luiz Ragazzon, integrante da mesa diretora do Simefre, representante do setor de implementos rodoviários, o ano foi ruim para o segmento. “Após sete anos de crescimento, este ano estagnamos, foi um ano difícil. Em parte pelos problemas da safra agrícola, como a seca no Rio Grande do Sul; em parte por conta da baixa do dólar. Somos um setor intimamente ligado à agricultura”.

A safra agrícola deste ano foi de 112 milhões de toneladas, resultado abaixo dos 120 milhões de toneladas mínimos esperados. O faturamento das empresas de implementos rodoviários foi de R$ 2,5 bilhões em 2005. O setor produziu 35 mil unidades de reboques e semi-reboques, uma queda de 8% em relação às 38 mil unidades produzidas em 2004. Do total produzido em 2005, 31.400 ficaram no mercado interno. Em 2004, foram 35.700 unidades consumidas internamente.

Para enfrentar a queda de absorção do mercado nacional e a baixa na produção, o setor começou a apostar mais firmemente na exportação como forma de reverter este quadro. Em 2005, foram exportadas 3.600 unidades de reboques e semi-reboques rodoviários, contra 2.300 em 2004. Segundo Ragazzon, o aumento das exportações ajudou as empresas a manter um bom nível de serviço.

Para 2006, o mercado de implementos espera crescer entre 6% e 7%, quando a produção deve ficar em cerca de 37.500 unidades. “Não esperamos um crescimento expressivo no mercado interno, o aumento deverá ser efeito das exportações”, afirma Ragazzon. A expectativa é de que o setor exporte cinco mil unidades em 2006.

Já o transporte ferroviário de cargas teve um quadro positivo. “Temos o prazer de anunciar um ano bom para o setor”, afirmou Ronaldo da Rocha, representante do setor metro-ferroviário na entidade. O setor faturou este ano R$ 2,5 bilhões. Numa evolução de 1997 até 2005, houve um aumento de 60% no volume de carga transportada pelo modal. Atualmente, 24% do total de cargas transportadas no Brasil viajam pelo modal ferroviário.

Em 2005, foram produzidos 7.500 vagões, um aumento expressivo frente aos 4.600 vagões produzidos em 2004. Neste ano, a exportação foi de 400 vagões. A capacidade instalada da indústria é de até 12.000 mil vagões anuais.

O setor cobra mais investimentos em infra-estrutura por parte do governo. De 1997 a 2005, foram realizados investimentos de R$ 8 bilhões no modal por parte da iniciativa privada, contra apenas R$ 0,5 bilhão por parte do governo.

Para 2006, a entidade espera resultados semelhantes ao deste ano. “O ano de 2006 não será ruim; na pior das hipóteses, teremos um desempenho igual ao de 2005”, afirma o presidente da entidade.

www.simefre.org.br

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