A Ferrovia Norte-Sul (FNS), gerida pela VLI – empresa responsável pela circulação ferroviária entre Maranhão e Tocantins e pelo Terminal Portuário São Luís – investe na eficiência dos seus trens para aperfeiçoar a operação. Como parte dessa estratégia, a companhia aumentou o limite de velocidade das composições que percorrem a FNS a fim de melhorar a performance logística, reduzindo o tempo do transporte de cargas e ampliando a capacidade.
De acordo com o gerente de Planejamento e Execução de Produção da VLI, Thiago Vinicius Lima, o ganho em rendimento total do sistema, após as aplicações em eficiência e ativos, foi de cerca de 100 mil toneladas de grãos por mês. “Os investimentos possibilitaram atender a uma demanda de transporte 20% superior nos meses de maior volume sem precisar da aquisição de vagões e locomotivas.”. Ainda segundo Lima, o acréscimo em velocidade também diminui custos com combustível e minimiza a necessidade de manutenção dos rodantes.
O Corredor Norte-Sul transporta, atualmente, grãos de milho, soja, farelo de sol, celulose, combustíveis, ferro gusa, manganês e escória de ferro. Com o aumento de velocidade e melhorias no processo, o ciclo do vagão, segundo a empresa, foi reduzido em aproximadamente duas horas, dando agilidade ao transporte. Além disso, traz mais disponibilidade e confiabilidade para a via com segurança operacional e da equipe.
Para viabilizar o desenvolvimento da matriz ferroviária no Norte do país, apenas nos últimos cinco anos, a VLI realizou um investimento de R$ 997,6 milhões no trecho. Esse aporte faz parte de um planejamento regular com a alocação de recursos em manutenção e modernização dos ativos operacionais, além de projetos de meio ambiente, saúde e segurança. Para o próximo triênio, estão previstos cerca de R$ 700 milhões em novas aplicações.
Segurança
Antes de realizar o aumento da velocidade média de 50 km/h para 62 km/h no trecho Imperatriz a Porto Franco com 108 km de extensão, a VLI realizou seis meses de estudos e testes. “Utilizamos o simulador de trens que simula os esforços e a velocidade da composição e nos certificamos através do equipamento que o aumento era favorável e totalmente seguro”, explica o gerente de Via Permanente do Centro-Norte, Marcelo Tirone. Ele enfatiza que a velocidade das composições em perímetro urbano não foi alterada, também em respeito à segurança das comunidades locais.
Com a ampliação dos investimentos e planos de manutenção na Ferrovia Norte-Sul nos últimos anos, a operação vem transcorrendo de forma plenamente segura, com as passagens de nível sinalizadas e com todos os cuidados necessários para estabelecer uma cultura de resguardo nas áreas urbanas por onde a ela passa.
Já o supervisor de Operação Ferroviária, Anilton de Lima Arruda, ressalta que nos perímetros urbanos onde a ferrovia passa, foram instaladas câmeras que verificam as condições de segurança. Antes de o trem chegar nas áreas, o Centro de Controle das Câmeras faz um contato via rádio com o maquinista para avisar que é possível passar com a composição. “Além disso, a segurança patrimonial faz uma patrulha presencial antecedendo a passagem do trem. Se houver alguém, a equipe avisa o condutor e retira a pessoa do local.”