A Rumo e a Ferroeste, que assinaram em fevereiro deste ano o Contrato de Operação Específico (COE), anunciam que já computam resultados positivos para o setor produtivo do oeste paranaense nos primeiros meses de execução. Vale lembrar que o acordo que permite que a Rumo atue com direito de passagem no trecho entre Cascavel e Guarapuava e otimizou o fluxo das operações ferroviárias no Paraná e proporcionou ganhos operacionais.
Segundo dados, as concessionárias movimentaram até setembro de 2020 mais de 900 mil toneladas de produtos nas rotas de exportação, importação e mercado interno. O volume representou um crescimento de 50%, frente as 600 mil toneladas movimentadas em 2019.
Com uma média de três trens por dias circulando no trecho da Ferroeste, o transporte envolve as operações de exportação de grãos (soja, milho e farelo de soja) e contêineres reefer (carnes congeladas) de Cascavel até o Porto de Paranaguá, além da importação de fertilizantes para o setor agrícola e o transporte cimento produzido em Rio Branco com destino ao oeste do Paraná.
De acordo com o diretor Comercial da Operação Sul da Rumo, Eudis Furtado, a visão integrada entre a Rumo, Ferroeste e o Governo do Paraná resolveu um dos principais gargalos logísticos do Estado nas últimas décadas. “Até o ano passado, as cargas de Cascavel e região eram levadas até o terminal de Guarapuava e transferidas para os trens da Rumo. Era uma operação complexa e prejudicial para o fluxo das operações”, explica.
Após o acordo e o reforço dos maquinários da Rumo operando na região Oeste, a empresa registrou uma melhoria de 25% no índice de eficiência. “A principal alavanca para aumento do volume foi redução do ciclo dos vagões que carregam em Cascavel. Antes, o ciclo entre Cascavel, Paranaguá e Cascavel, levava em média 12 dias, hoje estamos operando com uma média de 9,6 dias”, afirma Eudis.