A VLI, empresa que administra a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), realiza desde janeiro uma série de reformas e melhorias no trecho da linha férrea que passa pela cidade de Aguaí, em São Paulo, num investimento que gira em torno de R$ 12 milhões. As obras consistem na correção geométrica na via, na troca dos trilhos, que agora possuem espessura e resistência maiores, na substituição de 100% dos dormentes, que eram de madeira e agora são de concreto, e na renovação do lastro, que consiste na colocação de brita nova ao longo da ferrovia.
Ao todo, foram utilizados aproximadamente 20 mil metros de trilhos e mais de 16 mil dormentes na reforma. Os novos dormentes se destacam pela durabilidade e podem ser utilizados por até 40 anos com as devidas manutenções, enquanto os antigos, de madeira, precisavam ser trocados a cada sete anos.
Além da troca de material, será realizada também a correção geométrica da ferrovia, que consiste no nivelamento e alinhamento dos trilhos, com a utilização de equipamentos de alta tecnologia. Estão mobilizadas cerca de 90 pessoas para realizar as melhorias, previstas para serem finalizadas em meados de março.
Esse trecho faz parte do Corredor Centro-Sudeste da VLI, importante rota de exportação do país de produtos como fertilizantes, combustíveis, fosfatos, soja e açúcar. O corredor interliga, através da ferrovia, o Terminal Integrador de Uberaba, no Triângulo Mineiro, o de Guará, em São Paulo, e o Tiplam (Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita), na Baixada Santista, que está com 96% das obras de ampliação concluídas.
Segundo o gerente de manutenção de via permanente da VLI, Diógenes Segantini, “essas ações fazem parte de um plano para 2017 que visa a aumentar a capacidade de transporte de cargas pelo corredor, com expectativa de renovação de 40 km de linha férrea ao longo do ano”, diz.
Em Aguaí, já foram renovados 10 km de ferrovia, que abrangem os perímetros urbano e rural da cidade. Por esse trecho da FCA são transportados milho, soja, açúcar, bauxita e produtos siderúrgicos. “As melhorias também irão trazer mais segurança operacional para a comunidade. Além disso, a eficiência dos trens será consequentemente otimizada, porque as composições sofrerão menos impactos ao percorrer a linha férrea, o que contribuirá para a maior agilidade das operações”, completa Segantini.