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Operação busca restabelecer navegação na Hidrovia Tietê-Paraná

Três usinas hidrelétricas paulistas reduziram a vazão da água para aumentar o calado
Por Redação em 29 de setembro de 2014 às 10h43

Teve início na última sexta-feira, dia 26 de setembro, uma operação que procura restabelecer a navegação na Hidrovia Tietê-Paraná, paralisada desde maio de 2014, por meio da redução da vazão da água de usinas hidrelétricas ao longo do Rio Paraná visando elevar o nível dos reservatórios.

Operação busca restabelecer navegação na Hidrovia Tietê-Paraná
A primeira etapa da ação, que durou três dias, abrangeu as usinas hidrelétricas paulistas de Ilha Solteira, Jupiá, localizada no município de Castilho, e Porto Primavera, em Primavera, distrito do município de Rosana.

Realizados em caráter de testes, os trabalhos tiveram como principal objetivo analisar os impactos da alteração do nível da água nos usos múltiplos e no meio ambiente, como o comportamento da população de peixes. Caso seja constatado algum problema, é possível suspender os testes e reverter a vazão ao patamar anterior.

De acordo com o projeto, realizado pela Companhia Energética do Estado de São Paulo (Cesp) por solicitação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e autorizado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a hidrovia poderá voltar a ser utilizada já em janeiro de 2015.

A operação deve agora prosseguir nas demais usinas, sempre com duração de três dias e realizada aos finais de semana, quando o consumo é menor, para não causar riscos à geração de eletricidade.

Apesar de estar parada desde maio, a Hidrovia Tietê-Paraná apresenta navegação restrita desde fevereiro deste ano, por conta da estiagem que atinge o estado de São Paulo. O calado mínimo necessário para a passagem dos comboios é de 2,20 metros, mas, em alguns pontos, ele chegou a apenas 1 m.

Com 2.400 km de extensão, a hidrovia transportou, no acumulado de 2013, um total de 6,3 milhões de toneladas de cargas, como milho, soja, óleo, madeira, carvão e adubo.

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