Obra amplia em 14 quilômetros navegabilidade do rio
O Departamento Hidroviário (DH) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), assinaram ontem, dia 09 de novembro, o contrato para execução do Projeto Executivo e de Avaliação de Impactos da Eclusa da Penha. O projeto, executado pela Engecorps, está orçado em R$ 1,49 milhão e deverá ser entregue num prazo de oito meses.
Com a construção da eclusa, o rio Tietê aumenta sua extensão navegável em 14 quilômetros, que somados aos 41 já existentes, resultará em um total de 55 quilômetros navegáveis na região metropolitana de São Paulo. Além disso, a eclusa terá como meta facilitar o transporte de sedimentos da dragagem da calha do rio Tietê, obra necessária para manter a capacidade de vazão e retenção de águas nos períodos das cheias. Com a dragagem, o reservatório resultante da implantação da eclusa terá capacidade de reter até 3,5 milhões de metros cúbicos de água, equivalente a cerca de 40 piscinões do Pacaembu.
A construção da eclusa trata-se de uma obra fundamental. Isso porque, a reativação da navegação no rio Tietê é vital para a logística do transporte metropolitano de São Paulo. Dados mostram que, em 2005, circulavam pela região metropolitana, 917 milhões de toneladas de cargas/ano, cerca de 400 mil viagens de caminhão por dia. Segundo o diretor do DH, Frederico Bussinger, com a utilização da hidrovia, se houver uma redução do volume em 10%, 20% ou 30% já será um ganho significativo para a cidade, seja em relação ao meio ambiente, à logística de transporte, à economia e saúde da população.
O Departamento Hidroviário e o Departamento de Águas e Energia Elétrica, responsáveis pela contratação do projeto, são órgãos vinculados, respectivamente, à Secretaria de Estado dos Transportes e à Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo.