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Lufthansa Cargo intensifica atuação na América do Sul

Por Redação em 28 de janeiro de 2005 às 15h01 (atualizado em 29/04/2011 às 16h08)

Lufthansa Cargo intensifica atuação na América do Sul
    "O Brasil é considerado um mercado muito importante para a Lufthansa Cargo, no qual estamos há anos e onde pretendemos ficar por muito tempo". Isso foi o que afirmou na última quarta-feira (26/01), em São Paulo, o presidente mundial da Lufthansa Cargo AG, Jean-Peter Jansen (foto), em sua visita ao Brasil para divulgar os planos da empresa cargueira para a região.

   Em 2004, a Lufthansa Cargo completou seu décimo ano como operadora de carga independente como uma das dez maiores do segmento no mundo, com faturamento anual de 2,2 bilhões de euros em 2003 (o balanço de 2004 ainda não foi divulgado). O grupo comemora também os seus 75 e o 50º aniversário depois da Segunda Guerra Mundial. Ela é parte do grupo Lufthansa, que também inclui os negócios de passageiros, logística, MRO (manutenção), Catering, Leisure Travel, IT Services e Ground Services.

   A companhia mantém seu hub brasileiro para cargas no aeroporto de Viracopos, além de operações em Guarulhos, onde pousam as aeronaves de passageiros, cujos porões também são utilizados para o transporte de cargas. Além das aeronaves da frota da própria Lufthansa, a empresa utiliza também porões da Condor, da Lufthansa City, da Sun Express e da Spanair, empresas com as quais mantém acordos operacionais e que somam 450 destinos ao redor do mundo.

   Entre os temas tratados pelo presidente estavam a ampliação dos negócios na América do Sul. A partir de 18 de fevereiro, a Lufthansa irá dobrar a freqüência de vôos de Frankfurt para São Paulo (Guarulhos), com dois vôos diários. De São Paulo, os vôos seguem para Buenos Aires e Santiago (um para cada localidade). A partir de Santiago, as cargas podem atingir toda a costa Oeste americana, por meio de uma parceria com a Lan Chile, um dos muitos acordos operacionais que a empresa alemã mantém no mundo.

Lufthansa Cargo intensifica atuação na América do Sul

   A Lufthansa Cargo já opera seis vôos semanais para o Brasil com cargueiros MD-11, e sete vôos de passageiros com os 747-400; em fevereiro, serão 14 vôos, também servidos por Airbus 340-600.

   De acordo com Jansen, depois da crise que se abateu sobre a região há cerca de três anos, a América do Sul voltou a crescer e a representar boas oportunidades de negócios. No ano passado, o movimento no Brasil cresceu mais entre 30% e 40%. O Brasil representa 51% dos negócios na região e, somado ao Chile, Argentina e Colômbia, representa mais de 60% do volume total.

   Das cargas da empresa partindo da América do Sul, 39% têm como seu destino a Alemanha, de onde vão para diversos destinos, e 23% seguem para a Ásia, o que demonstra, segundo ele, a importância daquela região para os negócios da empresa. A Ásia é servida por um grande network, com cargueiros e aeronaves de passageiros da própria Lufthansa e de empresas coligadas.

   De acordo com Kay Wichmann, diretor de Vendas para a América do Sul e Cuba, as cargas que mais têm crescido no Brasil são os perecíveis, eletrônicos, autopartes, high tech, sapatos e têxteis. "Mas, de fato, a grande surpresa tem sido a carne, um mercado em crescimento no Brasil, que chegou inclusive a superar os volumes argentinos", afirmou. Outra mudança apontada foi no aumento dos volumes consolidados pelos freight forwarders.

   De acordo com os executivos, é interesse da Lufthansa atingir diretamente outros pólos produtores dentro do Brasil, como Curitiba e Manaus, mas a empresa ainda está estudando de que forma irá fazer isto.

Frota

   Outra novidade anunciada por Jansen é a renovação total da frota da Lufthansa Cargo, que substituiu os cargueiros B 747-200 por cinco MD-11, no final do ano passado. Com isso, a frota passa a ser composta por 19 MD-11F. Os cargueiros são aeronaves de passageiros transformadas para cargueiros. A renovação visa fazer frente ao aumento de 6% previsto para o setor de carga aérea nos próximos vinte anos.

Lufthansa Cargo intensifica atuação na América do Sul

   De acordo com Jansen, o aumento dos combustíveis e a variação cambial são fatores que influenciam muito os negócios da companhia, daí a necessidade de ter uma frota mais flexível e econômica. Os MD-11F têm, como vantagens, os baixos custos operacional e maior alcance em vôos nonstop interncontinentais, menor consumo de combustível e aumento de até 44% da oferta de espaço em compartimento de carga.

   Mesmo assim, Jansen colocou que a frota futura da empresa ainda não está totalmente definida, pois o mercado aéreo atual é muito competitivo e é preciso analisar as ofertas. "Mas eficiência operacional e economia de combustível certamente são fatores que contam".

   No ano passado, a Lufthansa Cargo AG transportou um volume de mais de 1.75 milhões de toneladas de carga e mail. No Brasil, a empresa conta com 400 clientes e detém 13% do mercado em termos de capacidade, sendo a terceira no ranking nacional.

www.lufthansa-cargo.com

Nas edições de fevereiro e março, a Revista Tecnologística traz matéria especial sobre o mercado de cargas aéreas no Brasil

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