A UPS anuncia que, a fim de economizar combustível e reduzir as emissões de CO2, aplicará winglets – componentes aerodinâmicos acoplados às extremidades da asa da aeronave – em sua frota de Boeings 767. O objetivo com a aplicação é reduzir o arrasto (força de fricção que faz resistência ao movimento e age em direção paralela à superfície do objeto) a fim de melhorar a eficiência em voo, economizando combustível.
De acordo com números divulgados pela empresa, os dispositivos contribuirão para a economia de 22,8 milhões de litros de combustível por ano e para a redução de emissões de mais de 68 mil toneladas de gás carbônico. A UPS estima uma economia de 4% de combustível em cada voo dos novos 767, mesmo com novas dimensões e mais peso. Com essa mudança cada asa terá mais 1,6 m de comprimento e adicionará 1.360 quilos ao peso da aeronave, devido aos winglets e à estrutura adicionada como reforço para a asa.
O projeto dos winglets é uma iniciativa implementada pela UPS Airlines, que trabalha para reduzir a intensidade de carbono em 20% até 2020, com base nas emissões geradas em 2005. Outros destaques de esforços da companhia para a conservação de combustível incluem melhorias nas rotas de voo computadorizadas, gerenciamento do tempo de transporte e equipamento de apoio em terra para combustíveis alternativos.
Atualmente, a companhia opera 54 aeronaves do modelo e aguarda a chegada de outras cinco, já encomendadas. A expectativa é ter winglets instalados em todas as aeronaves até o final de 2014. Vale lembrar que essas peças já foram implementadas em todos os 747 e MD-11, enquanto os A300-600 receberam outro dispositivo, com a mesma finalidade, chamado de wingtip fence. A empresa não especifica a quantidade exata dos demais modelos utilizados.