A Lufthansa Cargo anuncia que pretender ampliar o transporte aéreo realizado entre o Brasil e a Europa das atuais 80 mil toneladas para mais de 100 mil t anuais. Segundo o membro do Conselho Executivo da Lufthansa Cargo na Alemanha, Andreas Otto, a meta é atingir esse patamar em cinco anos.
O executivo revela que o País responde, hoje, por 44% da receita referente à importação e exportação de carga transportada pela companhia na América Latina. Vale lembrar que a região como um todo representa 18% dos negócios da empresa aérea.
Algumas iniciativas já estão previstas a fim de reforçar as operações. Otto informa que no segundo semestre, por exemplo, dois dos cinco Boeings 777 F encomendados, entrarão em operação na malha. Não há previsão, contudo, de quando estas aeronaves serão incluídas na rota para o Brasil, mas há grande possibilidade de serem aplicadas rapidamente.
Isso porque, garante Otto, trata-se de uma aeronave mais adequada, pois, ao contrário do MD11, consegue fazer voos sem escala entre o Brasil e a Europa por ter maior autonomia e ser mais eficiente. O aumento de escala é imediato. Com as novas aeronaves, a capacidade por voo passaria das atuais 85 t do MD11 para 105 t do “Triple Seven”.
Para o diretor Regional da Lufthansa Cargo, responsável pelos mercados da América Latina e Caribe, Daniel Bleckmann, o grande desafio será planejar os voos para amenizar o impacto do desequilíbrio existente entre importação e exportação. De acordo com ele, a demanda é muito maior do exterior para o País do que na direção contrária. Ainda segundo o diretor, é por isso que a malha aérea contempla, entre as nove frequências cargueiras semanais, voos diretos entre Brasil e Europa e outros com escala em Manaus e Curitiba, em território brasileiro, ou extensão para Uruguai, Argentina, Equador e Colômbia.