O estado de Goiás registrou em 2022 a sua maior movimentação de transporte aéreo de cargas e correios dentro da série histórica feita desde de 2000 pelo Painel CNT do Transporte, levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Segundo o estudo, foram 8.204 toneladas de itens transportados tendo o estado como destino, e outros 7.062 toneladas com Goiás como origem, totalizando um volume de 15.264 toneladas de mercadorias recebidas e emitidas por via aérea.
Na comparação com 2021, o estado recebeu em 2022, por via aérea, 22,38% toneladas de carga a mais. Já nas cargas que tiveram Goiás como origem, essa variação entre 2022 e 2021 foi de 33,1%. Foi um recorde histórico no volume transportado registrado tanto como origem quanto como destino.
Apesar dos recordes a nível regional e nacional, já que também em 2022 o Brasil registrou o seu maior volume da história de cargas movimentadas pelo modal aéreo, atingindo o valor de 1.421 milhões de toneladas, o transporte aéreo de cargas ainda representa apenas 0,05% do total de TKUs [Toneladas por quilômetro útil] movimentados, ao passo que o transporte rodoviário corresponde a mais de 60%.
“O transporte de cargas pelo modal aéreo, em comparação com o rodoviário, possui uma velocidade de entrega infinitamente maior, muito mais segurança e uma possibilidade muito maior de servir regiões mais remotas, o que num país de proporções continentais como o nosso é fundamental”, diz o empresário Rodrigo Neiva, um dos sócios-empreendedores do Antares Polo Aeronáutico, o primeiro aeroporto de negócios do centro-oeste brasileiro que está em construção em Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital goiana.
Aviação de negócios
Com o início de suas operações previsto para o fim de 2024, o empreendimento que está em construção numa área de 209 hectares traz o conceito de aeroporto de negócio, além de uma moderna pista e terminal de operações, que terão condições de receber operações de aeronaves de todos os portes, de pequenos monomotores e helicópteros à aviões como um Boeing 737-800.
“Estamos 1 a 2 horas de voo de 65% do PIB brasileiro, concentrado especialmente no Sudeste do país e parte do Sul, e no máximo de 3 a 4 horas de voo do restante do país. E como estamos no centro do maior país da América do Sul, também temos plenas condições de ser um ponto de distribuição para todo o continente”, afirma Rodrigo Neiva.