O Porto de São Francisco do Sul (SC) implantou, neste mês de janeiro, um sistema que informa aos órgãos fiscalizadores, com antecedência e via internet, as cargas consideradas perigosas que irão desembarcar e o local onde serão armazenadas. O objetivo com a aplicação da ferramenta, desenvolvida em conjunto pela Marca Sistemas e pela equipe de Tecnologia da Informação (TI) do terminal, é evitar situações de emergência.
Segundo o presidente do Porto de São Francisco do Sul, Paulo Corsi, a novidade complementa e opera dentro do sistema de gestão portuária PortoNet. Por isso, explica, seu desenvolvimento não demandou custos adicionais. “O fluxo de informações relacionadas às cargas de importação, classificadas perante a legislação como perigosas ou de risco, ficou mais detalhado”, garante.
A operação da tecnologia é simples. O executivo explica que fiscais do porto cadastram no sistema informações sobre as cargas de importação classificadas como perigosas ou de risco. Desta forma, órgãos de fiscalização e de segurança – Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Ambiental – têm acesso ao tipo de produto, volume, ficha técnica, especificações de segurança e local onde será armazenada após desembarcada.
Segundo Corsi, com este detalhamento os profissionais dos órgãos reguladores podem se deslocar ao estoque indicado e verificar se ele possui todas as condições e aparatos de segurança para receber a carga. “Podemos agir preventivamente”, resume.
Vale lembrar que apenas órgãos previamente cadastrados terão acesso às informações, mediante cadastro de senha e login.