O segmento de RFID dará o tom nos resultados da empresa, acompanhando a tendência dos mercados nacional e internacional
A Seal Sistemas está otimista com relação às perspectivas de 2009. Há 20 anos no mercado de soluções dedicadas a processos de automação – código de barras, coletores de dados, redes sem fio e RFID –, a empresa aposta que o segmento deverá crescer significativamente neste ano.
De acordo com a consultoria ABI Research, o mercado mundial de RFID deve encerrar 2008 com uma movimentação de US$ 5,3 bilhões. Apesar da crise econômica, projeções da entidade indicam que o setor deverá atingir um ritmo de crescimento anual de 15% nos próximos cinco anos, conquistando uma receita anual estimada de US$ 9,8 bilhões em 2013. A consultoria prevê ainda que os setores de maiores demandas por RFID serão os de gerenciamento da cadeia produtiva, identificadores pessoais, vendas de ingressos e sistemas de pagamento sem fio. “No Brasil o setor de grande varejo e os operadores logísticos são os mais propensos a puxar o resto da cadeia”, comenta Wagner Bernardes, diretor de Marketing e Vendas da empresa.
Tanto que a Seal manterá todos os investimentos para 2009, adotando a cautela para dar os passos nos momentos certos. “Apostamos na tecnologia por meio de ofertas, parcerias e capacitação da equipe”. Neste ano, segundo Bernardes, a Seal realizou projetos de implantação de RFID e conquistou novos clientes interessados na tecnologia, tendência que tem ganhado corpo, porque a eficiência proporcionada por estes recursos são fortes aliados na redução de custos operacionais – especialmente em momentos de crise . “Acredito no crescimento da adoção do RFID em 2009 também porque os preços de aquisição de hardwares têm caído a patamares elevados. Só neste ano foram 20% de redução. O valor dos tags também vem sofrendo quedas e, em 2009, vão baixar mais 10%, pelo menos”, diz Bernardes.
O desafio, para ele, é conseguir ajudar o mercado a criar mecanismos para mensurar os benefícios do RFID, coisa que ainda não foi possível. “Precisamos traduzir os resultados em números, com medições apropriadas, planilhas de retorno de investimentos, entre outros – dados mais palpáveis para sair dos clichês”, justifica.
Com a crença firme numa fase de crescimento, a empresa continua em fase de negociação com empresas do setor de varejo e indústria. Segundo o Diretor de Marketing e Vendas da Seal, Wagner Bernardes, em 2008 houve um sensível crescimento na busca por sistemas de identificação por radiofreqüência, apesar de esta ser uma tecnologia nova e que ainda não constava no ranking de prioridades das empresas. Agora o foco está mudando.
Uma novidade que deverá estrear logo no início de janeiro é a tecnologia RTLS (Real Time Location System), um tipo de tag ou etiqueta de alta performance, mais complexa, que permitirá identificar, veículos, contêineres e até pessoas, em determinados setores de serviços com maior velocidade. “Vamos abordar o assunto com mais detalhes oportunamente”, comenta Bernardes. Na seqüência, o executivo adianta também que está terminando de alinhavar uma parceria com a Pricer, para trazer para o Brasil etiquetas eletrônicas para gôndolas; além de trazer também um sistema de segurança para rede sem fio, uma forte preocupação nos Estados Unidos – os detalhes dessas iniciativas não foram revelados.
Atualmente, a Seal Sistemas mantém uma carteira de 2.000 clientes, consumidores de tecnologias de automação com código de barras, redes sem fio e RFID, sistemas de captura automática de dados aos sistemas de gestão, middlewares e aplicativos complementares para a integração entre outros.