Companhia fornece numeração independente dos órgãos oficiais
A GS1 Brasil coloca à disposição do mercado editorial uma solução em código de barras para identificar livros e publicações que têm como objetivo controlar a cadeia de suprimentos das companhias do setor. A novidade chega para gerenciar a produção das empresas que tiverem suas solicitações negadas pelo International Standard Book Number (ISBN) e International Standard Serial Number (ISSN).
O assessor de Soluções de Negócios da GS1 Brasil, Adriano Bronzatto, explica que, no Brasil, o ISBN é administrado e concedido pela Biblioteca Nacional, enquanto o ISSN está sob a responsabilidade do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. “Normalmente, uma editora nacional recorre a esses dois órgãos, faz o registro de cada publicação e recebe uma numeração para ser convertida em código de barras”, diz. O executivo continua dizendo que o papel da GS1 é auxiliar o mercado editorial na conversão das numerações, ou seja, transformá-las em código de barras interpretado pelo varejo.
A mudança no meio do ano nas regras de obtenção dos números, contudo, mexeu com o mercado. Antes, conta o assessor, havia uma série de critérios, como o número de páginas, autor definido, editora responsável e tipo de publicação, como revista de conto, revista científica e quadrinhos. “Agora, eles estão mais criteriosos. Revistas de quadrinhos e revistas de passatempo, que não são técnicas, científicas ou literárias, não recebem mais a numeração”, afirma.
De acordo com Bronzatto, essa mudança de regra fez com que algumas editoras perdessem, temporariamente, a opção de numerar os produtos a fim e identificá-los. A GS1, contudo, desde o início do mês de setembro, disponibiliza às companhias do setor uma numeração em código de barras independente daquelas fornecidas pelo ISBN e ISSN. “Orientamos aos empresários para continuarem tentando a numeração dos órgãos internacionais; se não a conseguirem, nós a forneceremos”, salienta. A editora responsável pela publicação, o conteúdo do livro e a identificação seriada da obra são algumas informações contidas no código de barras da GS1. Além disso, lembra, se o cliente quiser, há a possibilidade de inserir o controle de edições.
Bronzatto julga ser fundamental para as empresas manterem a numeração, tanto a ISBN quanto a ISSN, ou o número fornecido pela GS1, para que os envolvidos na operação – mercado editorial e varejo – tenham controle de estoque, de vendas e realizem a gestão logística. “Sem o código não conseguiríamos fazer a manipulação de nossos sistemas. Desde uma pequena banca até uma grande livraria, todos devem utilizar algum sistema de controle por meio do código de barras”, resume.
O mercado é promissor. Bronzatto calcula que, atualmente, a GS1 conte no Brasil com 51 mil associadas – destas, cerca de 250 companhias atuam no mercado editorial.