A SuperVia, concessionária da malha ferroviária do Rio de Janeiro, iniciou no mês de junho as inspeções das ferrovias com equipamentos de ultra-som. O processo visa detectar problemas de trincas e fraturas nos trilhos e evitar problemas na circulação dos trens. Estão hoje sob administração da empresa 89 estações espalhadas por 11 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
A empresa responsável pelo fornecimento dos equipamentos de ultra-som é a divisão RailScan da NDT do Brasil, prestadora de serviços especializada em inspeção contínua por ultra-som automático de trilhos. A vistoria é realizada por um caminhão rodoferroviário equipado com monitores, que passa sobre os trilhos e detecta, por meio do ultra-som, a presença de bolhas, fissuras e trincas. Ao ser constatado um problema, o caminhão emite um jato de tinta no trilho e a área com o problema é identificada visualmente para que sejam tomadas as devidas providências. Todas as informações sobre a verificação dos trilhos são armazenadas em CDs no momento da inspeção.
A operação já foi realizada no trecho entre as estações Central e Deodoro e agora está sendo realizada no ramal de Santa Cruz. Até o final do ano, todos os 220 km dos ramais serão inspecionados.
"A manutenção preventiva é o mais importante para nós, pois somente assim será possível aumentar a velocidade de locomoção dos trens com segurança", explica João Gouveia Ferrão Neto, diretor de Operações da SuperVia. O objetivo da empresa é alcançar a velocidade de 80 km/h e já há composições que trafegam hoje a 75 km/h, no trecho entre as estações Central e Deodoro.
Outras medidas tomadas atualmente pela empresa para melhorar a infra-estrutura da malha ferroviária são a troca de dormentes e o nivelamento dos trilhos, além da eliminação dos bolsões de lama.