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Entenda o papel das inovações tecnológicas nas operações logísticas

Evento promovido pela GS1 Brasil debate os impactos que novas ferramentas geram nas indústrias e nos prestadores de serviço, com reflexo para os consumidores
Por Redação em 10 de julho de 2018 às 14h36 (atualizado às 14h38)

A Associação Brasileira de Automação – GS1 Brasil realizou, na última quinta-feira, dia 5 de julho, em São Paulo, a oitava edição de seu evento anual denominado Brasil em Código. Este ano, sob o mote Tudo Conectado, o evento debateu as principais tendências de tecnologia e os impactos nas operações logísticas e nos players que atuam na cadeia de suprimentos.

O presidente da associação, João Carlos de Oliveira, afirma que as novas ferramentas impactam a relação das companhias com os consumidores e trazem diferentes formas de consumo. Como exemplo, ele cita o omnichannel, formato cada vez mais empregado nas organizações e que reflete diretamente nas operações logísticas. “Estamos no momento da interoperabilidade e da capacidade em entregar resultados em tempo real, o que mudou completamente o perfil das pessoas, tanto profissionalmente quanto do ponto de vista do consumidor”, avalia.

O setor logístico é um dos que merecem atenção na GS1. Segundo Oliveira, há na entidade um comitê específico que debate os assuntos relacionados às movimentações. “Temos uma atuação setorial para divulgar as ações da associação e as inovações tecnológicas que refletem nos negócios”, diz. Além disso, completa, a entidade conta com um centro de inovação tecnológica que atua junto ao setor logístico, treinando os profissionais quanto às novidades tecnológicas e as aplicações no dia a dia das operações.

Entenda o papel das inovações tecnológicas nas operações logísticas
Oliveira, presidente da GS1, durante a abertura do evento. Crédito: divulgação

O sócio-diretor de Risk Advisory da Deloitte Brasil, Ronaldo Fragoso, presente ao evento, concorda com Oliveira com relação às mudanças nos aspectos logísticos e salienta que a nova realidade digital vai além da indústria. “Tecnologias inteligentes e conectadas mudam, por exemplo, o modo como os produtos são armazenados”, revela.

O COO da Mercedes-Benz, Carlos Santiago, também palestrante no encontro, cita uma série de inovações na linha que contribuiu com a melhora dos processos, como impressão 3D, simulações, robôs colaborativos, integração de sistemas e realidade aumentada. “O conceito de indústria 4.0 ampliou nossa eficiência nos processos intralogísticos em 20%”, revela.

Fernando Caprioli, diretor de Vendas e Serviços da Tetra Pak, reforça o que diz o COO da Mercedes. “A Indústria 4.0 traz oportunidades e ferramentas de digitalização aos processos de armazenagem, rastreabilidade – identificando em qual palete está determinado produto –  e no abastecimento da linha de produção”, enumera. Para ele, é necessário conectar os sistemas com a tomada de decisões.

O diretor de Desenvolvimento de Portfólio da Siemens PLM América do Sul, Daniel Scuzzarello, contudo, faz um lembrete. “Para digitalizar os processos é preciso identificar os gargalos para, após isso, decodificar os dados que a digitalização fornece”, cita. O executivo diz, ainda, que empresas de todos e setores e portes – pequenos, médios e grandes – podem adotar inovações. “Apenas identifique a tecnologia que melhor se adequa às necessidades de sua operação”, destaca.

Já o pesquisador visitante e representante no Brasil do Media Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Ronaldo Lemos, é sucinto e lembra da importância do blockchain no atual cenário. “Ele tem papel fundamental no supply chain, pois estabelece a relação entre todos os players que atuam na cadeia”, frisa.

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