A Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil), organização sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global, com o apoio da GfK Brasil, divulgou durante seu evento Brasil em Código, realizado no mês de junho em São Paulo, o estudo “Diagnóstico da automação no Brasil”, que aponta o nível de automação no país nos segmentos da indústria, comércio e serviços, além da adoção de novas tecnologias por parte do consumidor brasileiro.
O objetivo é auxiliar empresas a se posicionarem no mercado e a estarem prontas para novas demandas. A influência que os recursos tecnológicos causam no comportamento do consumidor e como esse fenômeno alterou a interação entre ele, as empresas e os produtos também são analisados no estudo, realizado trimestralmente. Os resultados mostrados no evento abrangem o acúmulo de três edições.
De acordo com João Carlos de Oliveira, presidente da GS1 Brasil, a entidade pretende fornecer à comunidade o entendimento da dinâmica da automação no país. “Ao mostrar como empresas e consumidores adotam a tecnologia e automatizam seus processos, temos mais orientação sobre os caminhos a trilhar para evoluir e inovar cada vez mais”, diz. Ele conclui que a tecnologia está diretamente ligada à evolução do uso da automação. Tanto consumidores quanto empresas, de maneiras diferentes, buscam a automação para agilizar os seus processos, facilitar a sua vida e obter ganhos.
Para compreender a automação na vida dos consumidores, o estudo foi dividido em seis frentes: acesso à internet; eletrodomésticos/eletroeletrônicos; o uso de aplicativos de celulares; a automação residencial; tecnologias no carro; e o uso de itens pessoais, como os wearables (tecnologias vestíveis). Foram realizadas 2.003 entrevistas em todas as capitais brasileiras com consumidores acima dos 18 anos, das classes A, B e C, e foi possível identificar o quanto as tecnologias facilitadoras estão presentes na vida das pessoas e sua intenção de intensificar o uso no futuro. O consumidor relaciona a automação diretamente à tecnologia e inovação. Segurança e economia foram outros benefícios apontados.
Foram realizadas também 2.169 entrevistas com empresas de todos os portes e abrangência nacional. A indústria relaciona automação a seis principais frentes: sistemas; logística; fábrica; atendimento; relacionamento com o colaborador; e relacionamento com o cliente. Além de outras ferramentas que auxiliam seus processos, em 37% das indústrias o Customer Relationship Management (CRM) é a ferramenta usada para se relacionar com o cliente. O Business Intelligence (BI) é usado em 34% dos casos. Já o Material Requirement Planning (MRP) é usado por 33% das indústrias entrevistadas.
Em duas frentes, fábrica e logística, a indústria demonstra alta maturidade nos seus processos. As fábricas têm em média 5,51 linhas de produção, sendo que 68% delas são automatizadas, com processos realizados com máquinas sem intervenção humana. As ferramentas para recebimento de notas fiscais via sistema XML são usadas por 93% das empresas. A comunicação com os fornecedores para essa finalidade é padronizada em 75% dos casos. Os sistemas que disparam avisos para o setor de compras e vendas quando o estoque atinge nível crítico está presente em 49% dos casos. Além disso, 76% da amostra possui um canal de atendimento ao cliente e 32% possuem Unidade de Resposta Audível (URA).