O presidente e CEO da Operação Industrial da Scania para a América Latina, Christopher Podgorski, afirmou que a iniciativa está alinhada aos compromissos da empresa com a descarbonização. “O biometano é uma das soluções para o transporte de baixo carbono, um exemplo de economia circular e uma alternativa para converter um passivo ambiental em um ativo energético renovável”, declarou.
A substituição do gás natural pelo biometano abrangerá diversas operações da fábrica, incluindo o uso nas estufas de pintura de cabines, equipamentos dos restaurantes dos colaboradores e abastecimento de veículos industriais, como empilhadeiras. A mudança também impactará as emissões indiretas da empresa, relacionadas ao primeiro abastecimento de veículos movidos a gás entregues aos clientes e às operações da LOTS, empresa do Grupo Scania focada em soluções logísticas.
Podgorski destacou que a iniciativa contribui para a meta da empresa de reduzir em 50% as emissões de CO₂ nos escopos 1 e 2 até o final de 2025, conforme estabelecido pelo Science Based Targets initiative (SBTi).
Os encontros fazem parte do Hub de Biocombustíveis e Elétricos, iniciativa lançada no evento SDGs in Brazil, realizado pelo Pacto Global durante a Assembleia Geral e a Climate Week na sede da ONU em 2024. O programa está vinculado ao Pacto Rumo à COP30 e reúne cerca de 83 empresas dos setores de infraestrutura, logística, montadoras, energia, tecnologia e financiamento.
Podgorski destacou a necessidade de planejamento diante das transformações no setor. “As decisões empresariais precisam considerar infraestrutura, capacidade da rede de distribuição, alternativas energéticas e novas regulamentações”, afirmou.
O diretor-executivo interino do Pacto Global – Rede Brasil, Guilherme Xavier, explicou que o Hub tem o objetivo de capacitar empresas e promover networking entre os participantes. “A jornada busca o entendimento sobre biocombustíveis e eletrificação para a descarbonização do transporte rodoviário, abrangendo toda a cadeia de valor”, disse.
Podgorski ressaltou a importância da cooperação entre diferentes setores para viabilizar soluções sustentáveis. “Trata-se de um desafio que não pode ser superado individualmente. É necessário articular ações e engajamento para encontrar soluções que reduzam o impacto ambiental e sejam viáveis para os negócios”, concluiu.