A renovação da frota de caminhões antigos e poluentes nas estradas brasileiras pode reduzir em 33,5% a emissão de poluentes, segundo um estudo recente da Confederação Nacional do Transporte (CNT). A troca dos 152 mil veículos fabricados antes de 1989 teria um custo estimado em R$ 104,8 bilhões. Caso o plano fosse ampliado para caminhões produzidos até 1999, o valor chegaria a R$ 230,2 bilhões.
O levantamento da CNT também destaca que, dos 1,290 milhão de caminhões que circulam no país, 55% têm mais de 14 anos. Esses veículos utilizam tecnologias ultrapassadas, sendo grandes emissores de poluentes. A substituição dos modelos anteriores a 1989 por veículos mais recentes, produzidos a partir de 2023, pode promover uma significativa redução das emissões. Se a troca abranger modelos fabricados entre 2006 e 2011, a queda nas emissões poderia chegar a 70%.
Veículos mais novos, fabricados a partir de 2022, reduzem em até 95,4% as emissões de gases poluentes. Além disso, a emissão de material particulado, responsável pela fumaça preta associada a doenças respiratórias, diminui em 98,3% quando comparados aos veículos mais antigos.
Embora os ganhos ambientais sejam evidentes, o desafio reside no custo da renovação da frota.O governo federal estuda a implementação de um programa de incentivo à renovação da frota. Em 2023, um programa temporário de quatro meses, liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, ofereceu descontos para a compra de veículos mais sustentáveis. Segundo Alckmin, o novo programa deve incluir medidas como o aumento da eficiência logística, redução do consumo de combustível e maior segurança nas estradas.