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Fábrica da Mercedes-Benz em Juiz de Fora investe em sustentabilidade

Prédio Verde reduz o consumo de energia elétrica e água, além de evitar a emissão de CO2
Por Redação em 24 de março de 2022 às 14h00 (atualizado em 25/03/2022 às 20h37)
Fábrica da Mercedes-Benz em Juiz de Fora investe em sustentabilidade

A fábrica da Mercedes-Benz do Brasil em Juiz de Fora (MG), onde são produzidas as cabinas de todos modelos de caminhões da marca, é a primeira planta da empresa no Brasil a concentrar um conjunto de ações de sustentabilidade ambiental numa única área. 

O Prédio Verde da Mercedez, que abriga a decapagem de meios de produção empregados no processo de pintura de cabinas, utiliza energia solar, captação de água da chuva, tratamento e reuso de água, além de coprocessamento de resíduos. “Essa nova unidade de decapagem, que fica ao lado do prédio de pintura, já nos traz ganhos impactantes de proteção ao meio ambiente e de economia de custos com energia elétrica e inúmeros ganhos ambientais”, afirma Herick Borges, gerente sênior de Produção de Cabinas da Mercedes-Benz do Brasil em Juiz de Fora. “Com as medidas adotadas, o Prédio Verde reduz significativamente o consumo de energia elétrica e de água, além de evitar a emissão de CO2 na atmosfera”. 

Esse prédio ecológico, que se tornou destaque nas ações de meio ambiente entre todas as fábricas do Grupo Daimler Truck, realiza a decapagem química, ou seja, a limpeza de dispositivos de produção, como travessas, skids e suportes, que são utilizados na movimentação de cabinas na linha de pintura e que ficam cobertos por camadas de tinta, precisando ser limpos periodicamente. São 500 m² de área construída, dividida em processo de decapagem, armazenamento de dispositivos, oficina de gabaritagem, vestiário e sala de apoio. 

O processo de decapagem química da fábrica de Juiz de Fora conta com um tanque de 8 mil litros de decapante de tinta aquecido a 80°C e também com uma área para jateamento de peças que utiliza água de reuso, captada da chuva depois do tratamento de efluentes. Com capacidade de armazenamento de 15 mil litros de água de chuva, a estação de reaproveitamento trata 4 mil litros de efluentes por dia, permitindo que 100% dessa água retorne ao processo. 

Outro importante destaque do Prédio Verde é a captação de energia solar. A área dispõe de placas de energia fotovoltaica capazes de produzir uma potência de 10 mil kwh/mês, que são suficientes para manter todo o prédio em funcionamento e ainda fornecer parte da energia excedente para outras áreas da fábrica. Instaladas no telhado, cobrindo uma área de 473 m², as células fotovoltaicas geram uma economia de R$ 8 mil por mês em energia elétrica. 

Na lavagem dos dispositivos de pintura é usado um solvente químico homologado de acordo com a legislação ambiental que é utilizado para remover a tinta, de forma em que o único resíduo gerado no processo seja a própria tinta processada. Esse resíduo é vendido para outras empresas e serve como fonte de geração de energia por meio da sua queima e até as cinzas desse processo são adicionadas ao cimento, agregando valor ao resíduo e sem geração de impacto ao meio ambiente. Trata-se do coprocessamento, tecnologia que utiliza resíduos industriais e urbanos como combustíveis alternativos na fabricação de vários produtos, como o cimento. 

“Além de atender ao processo de decapagem dos meios de produção da pintura, o projeto Prédio Verde tem como propósito ser um modelo de sustentabilidade”, ressalta Borges. “As práticas adotadas garantem a autossuficiência de recursos naturais do processo, não causando, portanto, impactos ao meio ambiente. Como exemplo, 64,5 toneladas de CO2 deixam de ser lançadas na atmosfera por ano. Isso equivale ao plantio de mais de 400 árvores”. 

Segundo o executivo, o Prédio Verde é um projeto desenvolvido e aplicado por colaboradores da própria fábrica. “O êxito dessa iniciativa abre novas possibilidades sustentáveis, como a adoção de 100% da iluminação em Led no Prédio Verde e a destinação de água de captação de chuva no processo de lavagem de carros da frota e nos banheiros”, conclui Borges.

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