A Copersucar anunciou que, como resultado de seus esforços para aumentar a eficiência das operações e também diminuir a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, registrou uma redução de 11,3% nas emissões de dióxido de carbono para cada tonelada de açúcar transportada na última safra.
Enquanto na safra 2018/2019 cada tonelada da carga emitia 8,56 kg de CO2eq, no período seguinte o mesmo volume emitiu 7,60 kg CO2eq (equivalência em dióxido de carbono, medida utilizada internacionalmente para indicar a quantidade de gases de efeito estufa emitidos).
De acordo com a própria companhia, esse resultado foi alcançado devido ao uso de modais de transporte com menor impacto ambiental. Na safra 2017-2018, cerca 56,5% do açúcar era carregado por trens. Desde então, a participação dos trilhos cresceu quase 12 pontos percentuais, atingindo 68,2% na safra passada. “O aumento da parcela da logística ferroviária é uma das nossas principais metas, pois além de trazer uma importante conquista econômica, proporciona um valoroso ganho ambiental”, comenta Rodrigo Lima, gerente executivo de Operações da Copersucar.
O crescimento da aplicação do modal ferroviário no Terminal Açucareiro Copersucar (Tac), localizado no Porto de Santos (SP), possibilitou também conquistas de rendimento e produtividade. “Ao priorizarmos a recepção de produtos por trem, aumentamos nossa capacidade em atender a demanda de grãos, sem reduzir o potencial de armazenagem de açúcar”, explica o gerente de Operações de Portos e Terminais, Leandro Camporez. Esse ganho foi obtido a partir da atualização do layout do terminal, mudando toda a operação de estocagem de grãos de um armazém que operava com uma capacidade limitada de vagões para outro que possui maior acesso ferroviário. A adequação possibilitou que, apenas na última safra, o terminal registrasse a exportação de mais de 2 milhões de toneladas de grãos.
Na última safra, dos 800 milhões de litros de etanol movimentados diretamente pela Copersucar no mercado doméstico, cerca de 720 milhões foram distribuídos por dutos. Mesmo com o aumento considerável na produção de etanol no período, a participação dos dutos cresceu mais de 50 pontos percentuais nos últimos dois anos, de 39% na safra 2017/2018 para 90% na última safra. Essa evolução reduziu 16,4 mil viagens de caminhão, diminuindo o impacto nas estradas, e economizou 5,6 milhões de litros de combustível, diminuindo a emissão de CO2 na atmosfera.
A previsão da Copersucar é aumentar ainda mais a participação de dutos no transporte de etanol nos próximos anos, por meio da expansão da Logum, que tem capacidade para movimentar 4 bilhões de litros do combustível por ano. A primeira ampliação, em andamento, prevê a construção, até 2021, de cerca de 128 km adicionais de dutos próprios para chegar a São José dos Campos e São Caetano do Sul, passando por Guarulhos, conectando assim as principais regiões distribuidoras de São Paulo.
Além disso, impulsionada pela valorização do etanol e pela busca por modais com menor pegada de carbono, a Copersucar, através da Opla, ampliará as conexões dutoviárias com a refinaria da Petrobras (Replan), localizada em Paulínia (SP), e desenvolverá uma base ferroviária dentro da própria Opla. Esse projeto vai criar a infraestrutura logística necessária para expandir o transporte ferroviário em direção ao Centro-Oeste, evitando assim cerca de 6 mil viagens mensais de caminhão nas rodovias de São Paulo, Mato Grosso e Goiás e reduzindo ainda mais a emissão de CO2 por ano.