DHL realizou um estudo, intitulado Sustainable Fuels for Logistics, que apresenta o status atual das tendências e do desenvolvimento de combustíveis sustentáveis, compara e avalia as vantagens e desvantagens de motores específicos e compartilha as experiências da companhia a partir da aplicação prática. Além disso, especialistas da comunidade científica, de associações e de organizações não governamentais (ONGs) fornecem insights sobre os usos possíveis e as limitações atuais desses combustíveis.
De acordo com a própria DHL, a eletrificação no transporte local já representa uma contribuição importante para alcançar uma mudança na matriz energética. No entanto, o uso comercial do motor elétrico em rotas longas e com cargas mais pesadas ainda não é viável, e é justamente nesse cenário que os combustíveis sustentáveis assumem um papel crucial, promovendo a redução das emissões nas atividades de transporte.
“Queremos conectar as pessoas e melhorar suas vidas. E para o grupo, isso incluiu há muito tempo proteção ambiental e climática”, analisa Frank Appel, CEO da DHL. “Nosso objetivo é uma logística capaz de zerar as emissões em 2050. Mas esse objetivo não pode ser atingido sem medidas eficazes e apenas com uma frota moderna. Precisamos acelerar também a transição de combustíveis fósseis para fontes de energia limpa alternativas. É por isso que é fundamental haver essa sólida cooperação internacional e transetorial entre as comunidades política, científica e de negócios.”
De acordo com as conclusões do estudo, alguns dos combustíveis alternativos disponíveis hoje já podem ajudar significativamente a reduzir as emissões com pequenas modificações – ou até mesmo sem qualquer modificação – nos motores e nas infraestruturas. São biocombustíveis de segunda geração e e-fuels, que estão começando a ganhar mais espaço no mercado.
“Há muito o que dizer sobre e-fuels. Eles podem ser integrados perfeitamente aos veículos e à infraestrutura existentes. Atualmente, entretanto, eles não são competitivos economicamente. E, assim como para a e-mobility, ainda não há eletricidade ecológica o suficiente para garantir que a produção desses combustíveis realmente seja neutra em carbono”, explica Thomas Ogilvie, diretor de Trabalho e membro do board da DHL para Recursos Humanos e Incubadoras Corporativas.
“Acreditamos que os combustíveis sintéticos chegarão à viabilidade de comercialização em massa nos próximos cinco a dez anos. Do nosso ponto de vista, o progresso depende de uma abordagem internacional e transetorial e do desenvolvimento de padrões globais para promover a produção e o uso de combustíveis sustentáveis internacionalmente”, acrescenta Ogilvie.
No Brasil a DHL já desenvolve e utiliza biocombustíveis como o etanol e o biodiesel e adota uma ampla gama de alternativas. A DHL Supply Chain, por exemplo, utiliza há pelo menos dois anos veículos elétricos para distribuição de produtos na Grande São Paulo. Para um cliente do ramo de gases, foi montada uma malha movida, prioritariamente, a GNV. Além disso, em sua frota de veículos urbanos de carga (VUCs) e outros veículos leves existem diversas unidades bicombustível (gasolina/etanol ou GNV). Na DHL Global Forwarding é oferecido também o Carbon Calculator, uma ferramenta que permite medir a pegada de carbono de embarques ponta a ponta. Com essas informações, é possível buscar alternativas com menor emissão, como é o caso do transporte marítimo.
Por fim, a DHL Express dispõe de frota e alternativas pensadas para minimizar o impacto ao meio ambiente, com veículos tricombustível, bicicletas e até mesmo couriers a pé. Na companhia, 80% dos carros operam com etanol, gás e gasolina, o que proporciona, além de menos danos ao ecossistema, vantagem competitiva à marca e benefícios ao consumidor, como a disponibilidade do serviço diante de qualquer cenário. Além disso, está em fase de implementação a utilização de bicicletas e motos elétricas em percursos com alta concentração de entregas, já testada com sucesso na operação do Rock in Rio deste ano.
O documento Sustainable Fuels in Logistics pode ser baixado gratuitamente em PDF no clicando aqui.