O Tecon Rio Grande, terminal de contêineres do Grupo Wilson Sons localizado no Porto do Rio Grande (RS), informa que em apenas quatro meses de operação o projeto de compostagem atingiu a marca de 50% dos resíduos orgânicos do terminal processados. A meta inicial era chegar a 25% de processamento no período de cinco meses. “Esse resultado nos leva a pensar em trabalhar com volumes maiores no ano que vem. Imaginamos algo na ordem de 90%”, anuncia o diretor-presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti.
Além de todos os benefícios ambientais, como redução de emissão de gases do efeito estufa e do lixo, com a consequente melhoria da saúde pública, a prática ainda pode ser rentável. De acordo com estudo de viabilidade econômica, o volume de 50% pode gerar um resultado de cerca de R$ 40 mil por ano, descontadas as despesas de construção e manutenção da central, além da mão de obra utilizada.
Segundo Bertinetti, a ação está alinhada à estratégia de desenvolvimento sustentável e reforça o compromisso da companhia com o meio ambiente. “Buscamos, com isso, mostrar a relevância de conciliar a eficiência operacional com a preocupação com o meio ambiente”, afirma.
A compostagem é um processo natural em que os micro-organismos decompõem a matéria orgânica, transformando-a em fertilizante. O projeto começou a ser desenhado em 2016, quando foi realizado um piloto, e contou com consultoria da Universidade Federal do Rio Grande (UFRG). A central de compostagem começou a ser construída em 2017 e está em operação desde julho deste ano. “É um trabalho que tem o envolvimento de todos no terminal, pois o processo começa na correta separação de resíduos”, conta o gerente de SMS, Cleiton Lage.
Com mais de 20 anos, o Tecon Rio Grande opera as principais linhas de navegação que escalam o País e atende a cerca de três mil importadores e exportadores.