O sucesso do "1-º Prêmio Talento em Logística", promovido pela Águia Branca Cargas, levou o diretor da empresa, Luiz Wagner Chieppe, a anunciar o lançamento do tema da segunda edição do concurso nacional até o primeiro trimestre de 2004.
"O resultado nos surpreendeu positivamente e o nosso trabalho, daqui para frente, será de continuar o resgate de uma dívida do segmento com os profissionais, que, brilhantemente, têm conseguido colocar o Brasil como um País competitivo na logística mundial", disse Chieppe. No mundo, a logística movimenta US$ 2 trilhões e, somente no Brasil, R$ 160 bilhões por ano.
A proposta do prêmio surgiu como uma forma de aproximar a comunidade acadêmica dos práticos na profissão. O foco, conforme Chieppe, foi buscar idéias e soluções para transpor gargalos e promover a evolução do setor logístico brasileiro. Ao todo, 39 trabalhos participaram da promoção em três categorias: Estudo e Pesquisa; Gerência e Planejamento e Eficiência Operacional.
Os vencedores da primeira edição apresentaram, ontem, dia 28 de outubro, as vantagens e a simplicidade das soluções premiadas, para superar o gargalo da "Distribuição de produtos nos grandes centros urbanos", tema proposto. A cerimônia foi realizada no auditório da empresa, com sede em Cariacica, município da área metropolitana de Vitória (ES).
A professora e pesquisadora do Instituto Militar de Engenharia (IME) Vânia Barcellos Gouvêa Campos (Rio de Janeiro), e o mestre, Glaydston Mattos Ribeiro (Espírito Santo), conquistaram o prêmio na categoria Estudo e Pesquisa, com a criação de uma proposta inovadora: "Repro - um sistema para reprogramação de rotas em tempo real", associado ao uso de tecnologias, geralmente, já disponíveis nas empresas transportadoras, como o SIG (Sistemas de Informações Geográficas) e o GPS (Geographic Positioning Systems). O prêmio garantirá a participação de um dos autores do trabalho ao curso de Logistics Management Program, com duração de uma semana, na Ohio State University, nos Estados Unidos, no ano de 2004.
Na categoria Gerência e Planejamento, os vencedores foram os paulistas, Fausto Antônio Winheski Miniuchi e José Fernando Jordão Daruiche. O tema do trabalho deles: "Uma nova visão para a distribuição em grandes centros urbanos". Essa polêmica tese da distribuição noturna voltou à pauta com novos contornos, o que permitiu mostrar como essa saída pode ser viável do ponto de vista econômico e operacional às empresas. Como prêmio, um dos profissionais vencedores participará da reunião anual do Council of Logistics Management (CLC), no ano de 2004.
Juliano Marcelo Sonza, de Brasília, levou a melhor na categoria Eficiência Operacional, com um estudo de caso: "O descarregamento com rampa em mini-distribuidores". O profissional aprimorou a experiência implantada na franquia da Coca-cola, em Brasilia - a Brasal Refrigerantes S/A, considerada um case de sucesso, com o uso de rampa hidráulica, acoplada à parte traseira do caminhão. Sonza receberá uma viagem de lazer a uma cidade da América do Sul, a ser definida pelo próprio premiado, com a duração de cinco dias, no ano de 2004, com direito a um acompanhante.
Banca de peso - A banca avaliadora dos trabalhos foi composta por Pedro Francisco Moreira; presidente da Associação Brasileira de Movimentação e Logística (ABML), Francisco Tabajara; diretor-geral da DHL- Danzas, Oscar Spessoto; coordenador do Comitê de Logística da Câmara Americana de Comércio Exterior (Ancham) e diretor do grupo Cotia Trading; Carlos Mira, presidente da Associação Brasileira de Logística (Aslog); Oldmar Silveira, gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios da Mc Lane, além dos professores universitários Hugo Yoshizaki (Universidade de São Paulo) e Antônio Chaves (Universidade Federal de Santa Catarina).
Shirley Simão, diretora da Publicare, que edita a Revista Tecnologística, publicação que apoiou o Prêmio Águia Branca, durante sua palestra, com o tema "Qual a importância da Logística na atualidade ?", destacou a força desse negócio, que movimenta US$ 2 trilhões no mundo, representando 16% do Produto Bruto Global.
Dos investimentos destinados nessa área pelas empresas, especialmente as multinacionais, o Brasil é o terceiro no ranking, atrás apenas da China e Hong Kong, disse Shirley. A logística no Brasil, lembrou, movimenta R$ 160 bilhões por ano e esse ramo, desde 1998, cresce a uma velocidade de 40% ao ano no País, com mais de 50 cursos espalhados, até 2002, em âmbito nacional.
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