O Porto Seco Santo André, empresa pertencente ao grupo Wilson, Sons, localizado na região do ABC paulista, investiu cerca de R$ 650 mil para ampliação da capacidade de atração de cargas de alto valor agregado. A modernização da estrutura dará competitividade para a empresa em áreas nas quais ela não era competitiva, como a química, a farmacêutica, de informática e telecomunicações, por exemplo. Do total investido, R$ 400 mil foram gastos em tecnologia para segurança patrimonial. A idéia é criar condições para a movimentação de cargas especiais no Complexo Logístico e oferecer serviços de gestão e armazenagem além da região do ABCD e da Grande São Paulo, sua área de abrangência até agora. A unidade tem 33 mil m2, dos quais 23 mil m2 são alfandegados e, segundoOmar Passos, diretor da empresa, os investimentos foram muito mais qualitativos que quantitativos.
No quesito segurança, o Porto Santo André ganhou um sistem com 32 câmeras de vigilância, dotadas de tecnologia de visão noturna e capacidade de aproximação de até 600 metros; uma sala blindada para controle também foi instalada. As imagens captadas pelas câmeras são enviadas para uma empresa localizada fora das dependências do complexo, onde ficam arquivadas por quatro meses. O controle de acesso recebeu um sistema tire-off (fura-pneu), com acionamento remoto utilizado como barreira para veículos leves e pesados que tentem entrar ou sair sem autorização. Outra medida foi a blindagem da portaria, restringindo o contato físico com as áreas de recepção de veículos. O Porto Santo André delegou o gerenciamento de risco a uma empresa especializada. Antes, a própria da empresa fazia esse trabalho.
A modernização da estrutura de segurança também contou com a atualização dos sistemas de tecnologia da informação. Nos próximos meses, a Softway, desenvolvedoa de softwares de Campinas (SP), vai instalar um sistema operacional de Gerenciamento de Recinto Alfandegado (GRA), desenhado para operar em plataforma internet. O programa permitirá que todas as atividades aduaneiras sejam realizadas remotamente, inclusive a alimentação do sistema.
A Softway dotará a área alfandegada de um software que permite a instalação de indústrias no local. Tal procedimento está previsto na Instrução Normativa 241, publicada pela Secretaria da Receita Federal. Com o mecanismo, cria-se um espaço controlado de admissão de mercadorias importadas. O software permite o controle remoto pela Receita Federal.
Outro investimento importante foi a instalação de paredes corta-fogo em uma área de quatro mil m2 dentro do Complexo Logístico, que servirá para abrigar produtos químicos.