Equipamento com capacidade de cisterna para 4,9 mil m³ irá dragar os 14 berços de atracação do cais comercial
Os trabalhos de dragagem dos berços do Porto de Paranaguá, que receberam autorização do Ibama no começo do mês de janeiro, tiveram início ontem (31). O primeiro trecho a ser dragado do cais é o corredor de exportação.
O objetivo da dragagem no Porto de Paranaguá é preparar os berços para permitir que as embarcações consigam operar com suas respectivas plenitudes de carga ainda no início deste ano. “A realização desta obra é de fundamental importância para se restabelecer a capacidade operacional do Porto de Paranaguá e para bem atendermos nossos usuários”, declara o superintendente da Associação dos Portos do Paraná (Appa), Airton Vidal Maron.
Para realizar a dragagem é necessário desatracar os navios que se encontram no cais. Portanto, os trabalhos serão realizados em três etapas. Na primeira delas será feita a dragagem dos berços nove ao 14, que compreendem o corredor de exportação. Finalizada esta etapa – operação que deve levar cinco dias –, será iniciada a dragagem entre os berços um e oito. Esta etapa deve ser realizada em três dias. Por último, será feita a dragagem entre os berços 15 e 17, com duração prevista para dois dias. Após a finalização de cada trecho de dragagem, será realizada uma batimetria – representação gráfica do relevo do fundo do mar – para verificar se a profundidade máxima foi atingida.
As profundidades naturais dos berços de atracação do Porto de Paranaguá variam entre oito e 12 metros. Com a ausência de dragagem há pelo menos seis anos, alguns apresentam, atualmente, até três metros de profundidade a menos que o normal. A dragagem que está sendo realizada devolverá a profundidade original a todos os berços.
Ao todo, a draga que opera no porto deve retirar 110 mil m³ de sedimentos. O despejo do material dragado será feito em uma área autorizada pelo Ibama, que fica a cerca de 45 quilômetros do porto. A obra custará R$ 2,5 milhões e será paga com recursos próprios da Appa.