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Construção do Tecon SC segue a todo vapor

Por Redação em 29 de janeiro de 2009 às 13h00 (atualizado em 18/04/2011 às 11h41)

Com quase 600 funcionários, canteiro do terminal deve absorver mais mão de obra até a conclusão da construção, prevista para o fim do ano

Iniciados em junho de 2006, os trabalhos de edificação do Tecon Santa Catarina seguem a todo vapor. Sob responsabilidade da construtora Andrade Gutierrez, o canteiro de obras já reúne, no fim de janeiro de 2009, mais de 500 funcionários. A expectativa, no entanto, é que esse número aumente gradativamente, atingindo um pico de cerca de 700 colaboradores entre os meses de junho e julho, e depois vá diminuindo até o término da construção, previsto para o fim deste ano. A estréia das operações do novo terminal, que apenas na primeira fase terá capacidade para movimentar mais de 300 mil contêineres por ano, deverá acontecer ainda no primeiro semestre de 2010.

“Esta primeira fase, cuja conclusão está prevista para o fim do ano, compreende o píer de atracação, com 630 metros de comprimento, e a primeira ponte de acesso, com 230 metros de extensão e retroárea de cerca de 145 mil metros quadrados”, detalha Gabriel Ribeiro Vieira, diretor-Superintendente do Tecon SC, acrescentando que “os investimentos envolvidos já nesta etapa da construção chegam a R$ 397 milhões”. O executivo explica ainda que “o segundo passo seria a edificação de outra ponte de acesso ao píer, com medidas semelhantes à primeira, e o terceiro passo envolve um novo cais interno, com 295 metros de comprimento. Estamos estudando se o início imediato das fases 2 e 3, com custo adicional de R$ 70 milhões, é o mais vantajoso neste momento”, esclarece Vieira. Existe ainda a possibilidade de uma quarta etapa no projeto, que se refere à expansão do píer externo em mais 300 metros, mas ainda não há definição de prazos ou valores.

Obra
O foco atual na construção do terminal é a fabricação dos cerca de 2.500 módulos pré-moldados de diferentes tipos, dentre os quais vigas e estruturas em U, que darão origem à ponte de acesso e ao próprio píer. Calcula-se que a central de cimento do canteiro de obras empregue 45 mil metros cúbicos de concreto até o fim das três primeiras fases do projeto. Além da produção dos pré-moldados, a Andrade Gutierrez está executando os serviços de mar, tendo já cravado 15% das 800 estacas que avalia serem necessárias, para a sustentação do Tecon SC.

Investimentos
“O Tecon Santa Catarina nasceu da idéia do Conglomerado Battistella de criar um terminal próprio para a exportação de madeira. Nos últimos dez anos, o projeto evoluiu para um terminal privativo de contêineres e ganhou a parceria da Hamburg Süd”, conta Vieira. O executivo informa que dos R$ 397 milhões investidos nesta primeira fase, “parte veio de financiamentos do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento – e de outros bancos internacionais, e parte veio dos acionistas do empreendimento: Aliança, grupo armador que engloba a Hamburg Süd, e Portinvest Participações, grupo que reúne a madeireira e o Logística Brasil, um fundo de investimentos gerido pela BRZ Investimentos”.

O diretor-Superintendente do Tecon Santa Catarina afirma que “o governo do estado se comprometeu a proporcionar a infraestrutura necessária à instalação do empreendimento, reformando e pavimentando a rodovia SC-415, que dará acesso rodoviário ao porto, e implantando uma linha de transmissão elétrica de 138 kW entre os municípios de Garuva e Itapoá, onde fica o terminal”. Ainda segundo Vieira, “ao governo federal coube auxiliar na dragagem do canal, que será compartilhado entre o futuro porto e o de São Francisco do Sul”. 

“O comando do terminal, que é uma iniciativa privada e de propriedade de um pool de investidores, será exercido por uma diretoria profissional – sem representantes das empresas acionistas – já contratada. Os acionistas se farão presentes através de um conselho de administração”, garante o executivo.

Porto
Criado para ser um terminal privado exclusivo para movimentação de contêineres, o projeto ambiciona ainda ser referência em produtividade e segurança entre os portos brasileiros. “Quando entrar em operação, em 2010, contará com as mais avançadas tecnologias do segmento, como DGPS, Differencial GPS, e RFID, Radio Frequency Identification. A atividade seguirá o padrão ISPS Code de regulamentação internacional de segurança portuária, e contará com equipamentos de ponta, entre os quais quatro guindastes de carga, onze de pátio e mais 26 caminhões para a movimentação de contêineres”, enumera Vieira.

“Com 16 metros, o calado natural da região contribui para que o novo terminal seja apropriado para operações de importação e exportação, recebendo grandes navios do exterior para redistribuir a carga por cabotagem para outros portos do Brasil e da América do Sul, especialmente Argentina e Uruguai”, prevê o executivo.

“A região em que o empreendimento está localizado foi escolhida a dedo. Santa Catarina é o sexto estado brasileiro em desempenho de exportação, e o terminal fica bem próximo da divisa com o Paraná, que também é comercialmente importante. Além disso, naquela mesma área já existe o porto de São Francisco do Sul, o que facilita os negócios”, espera Vieira. O diretor-Superintendente do Tecon SC garante que a preocupação com o meio-ambiente foi um dos principais critérios balizadores da obra. “Como a atracação será feita longe da costa, a fauna, a flora e a balneabilidade da praia de Figueira do Pontal serão mantidas intactas. Vamos patrocinar a urbanização das outras praias do entorno, colocando calçamento, iluminação, bancos, jardins e um lugar para que as pessoas possam observar a chegada e saída dos navios”, antecipa o executivo.

www.teconsc.com.br

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