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Katoen Natie expande terminal portuário no Uruguai

Por Redação em 20 de julho de 2007 às 15h49 (atualizado em 06/05/2011 às 14h16)

Operadora logística inicia obras de ampliação de terminal no Porto de Montevidéu

No mês de maio, a operadora logística Katoen Natie realizou o lançamento da pedra fundamental do projeto de ampliação de seu terminal Cuenca del Plata, localizado no Porto de Montevidéu, cujas obras tiveram início já no mês de junho. O orçamento próprio de US$ 110 milhões é considerado o maior investimento realizado no complexo portuário uruguaio em 80 anos e, após a inauguração em 2009, o pátio de contêineres da empresa terá uma área de 300 mil m2 – hoje, ela é de 180 mil m2.

O investimento inclui ainda a ampliação do Cais Escala (onde está localizado o terminal) de 288 para 380 metros de comprimento e a dragagem de aprofundamento do calado de dez para 14,5 metros. A expectativa da empresa é de um aumento de quase 200% na movimentação mensal de contêineres no terminal expandido, que passaria de 22 mil TEUs para 65 mil TEUs.

O cronograma prevê a duração das obras entre 14 e 18 meses. Entre seus segmentos de negócios, a Katoen Natie executa serviços portuários na Bélgica, França, Holanda e Uruguai – os serviços prestados pela operadora de origem belga na filial latino-americana incluem um espaço para contêineres e outro de armazenagem para a consolidação das cargas. Ao único berço presente atualmente no terminal uruguaio, a empresa somará um novo com capacidade para recebimento de navios Classe 6, de maiores dimensões, em operações apoiadas pela chegada de equipamentos de alto desempenho presentes na Europa, como aqueles em funcionamento no terminal do belga de Porto de Antuérpia.

Hoje, a Katoen Natie dispõe, no Uruguai, de dois guindastes de pórtico, 13 carros-pórtico e quatro empty stackers, além de um portêiner sobre rodas – em 2009, os clientes terão à disposição cinco guindastes, 21 carros e seis empty stackers. A participação do Brasil no projeto inclui uma equipe de engenheiros da unidade localizada em Paulínia (SP), cujo trabalho será executado em conjunto com outro grupo proveniente da matriz na Bélgica.

Dificuldades no Brasil

“Este investimento não está sendo feito nos portos brasileiros em função do excesso de burocracia e da baixa atratividade deste tipo de investimento em operações portuárias no país”, explica Eduardo Leonel, diretor Comercial da Katoen Natie no Brasil. Segundo o executivo, a empresa já realizou tentativas de início de operações portuárias no país, mas não obteve sucesso nas concessões. “Decidimos tirar a ênfase das operações portuárias no Brasil, pois encontramos um cenário menos receptivo às multinacionais em comparação às nacionais, que já estão estabelecidas e têm melhores chances junto às autoridades concedentes. Focamos então nossos esforços nas principais operações no Brasil, que são as petroquímicas”, explica ele.

A expansão do terminal no Uruguai significará uma nova alternativa para todas as operações da empresa com entrada e saída pela região Sul do país: “O Porto de Montevidéu tem maior eficiência operacional e menor burocracia, enquanto no Brasil os navios em alguns casos aguardam até oito dias para atracar, em virtude da baixa produtividade e da falta de investimentos”, afirma Leonel. “A expansão irá melhorar a distribuição de produtos dos clientes brasileiros para a Argentina e também a importação para as plantas localizadas no Sul do Brasil”. As vantagens da ampliação do terminal também serão sentidas pelos armadores, acrescenta o executivo, já que cada dia de espera do navio para desembarque aumenta os seus custos.

Outra das vantagens da utilização do porto uruguaio está na presença de uma zona franca, também operada pela Katoen Natie por meio de uma joint-venture com uma empresa local, a Costa Oriental, no chamado Puerto Libre. As normas vigentes permitem, dentro dos limites do enclave aduaneiro-portuário, a prestação de serviços às mercadorias sem modificação de sua natureza, adicionando valor agregado (fracionamento), realizando o packing ou instrumentando a sua livre disposição ou destino (consolidação e desconsolidação, classificação e manuseio), e permitindo ainda um adiamento do pagamento dos impostos de importação. “Com a expansão do terminal no Uruguai, teremos um porto competitivo no Sul da América Latina”, finaliza Leonel.

www.katoennatie.com

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