O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação de um financiamento no valor de R$ 495 milhões destinado à modernização da infraestrutura do Porto de Paranaguá, no estado do Paraná. O projeto, liderado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), tem um investimento total de R$ 647 milhões e foca na implementação de um sistema ferroviário eficiente para a recepção e descarga de grãos e farelos nos terminais voltados para a exportação, além da melhoria das vias rodoviárias e ferroviárias na região leste do porto.

Atualmente, cerca de 80% do transporte de cargas na matriz logística da APPA é realizado por caminhões, o que tem causado congestionamentos e poluição na área.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, explicou que esta iniciativa está alinhada ao projeto BNDES Azul, que visa apoiar diversos aspectos da economia do mar, incluindo infraestrutura. O projeto aprovado não só busca melhorar a eficiência operacional, mas também reduzir o conflito entre o Porto e a Cidade. Estima-se que as mudanças no tráfego possam diminuir em cerca de 70% as emissões de CO2 na região portuária.

O BNDES possui atualmente uma carteira de cerca de R$ 22 bilhões relacionados à economia azul, incluindo projetos de docagem, embarcações, estaleiros, navios petroleiros, transporte marítimo, portos, terminais, embarcações, turismo marinho e recuperação de manguezais.

A diretora de Infraestrutura e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, destacou que além dos benefícios logísticos e econômicos, o projeto promete impactos positivos do ponto de vista ambiental e social, contribuindo para a redução das emissões de gases do efeito estufa e melhorando as condições de tráfego na região.

Entre os principais impactos esperados com a modernização do Porto de Paranaguá estão o aumento da capacidade de recepção ferroviária de granéis, a eliminação de manobras complexas de locomotivas e vagões, a melhoria na circulação viária na região portuária e a expectativa de redução significativa no tráfego de caminhões. O projeto também visa liberar áreas internas nos terminais para melhorias operacionais, eliminando ramais ferroviários individuais e reduzindo o tempo de permanência de vagões, locomotivas e caminhões para descarga, aumentando assim a eficiência do porto.

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