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Appa estabelece regras de atracação em Paranaguá

Um, dos três berços do corredor de exportação, será utilizado por operadores que apresentarem melhores índices de produtividade
Por Redação em 17 de dezembro de 2013 às 13h58

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) divulgou, neste mês de dezembro, as novas regras de utilização de um dos três berços do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá (PR). A partir do próximo dia 2 de janeiro, terão preferência de embarque os operadores de grãos que apresentarem melhores índices de produtividade. As medidas, detalhadas na Ordem de Serviço 126, de 1 de outubro de 2013, deixarão um dos três berços do Corredor de Exportação com preferência na atracação para navios que forem embarcar cargas de até três terminais diferentes, com um mínimo de embarque de 18 mil toneladas de cada um deles.

A configuração do corredor – que interliga nove terminais, sete privados e dois públicos, ao sistema de correias conectadas a seis shiploaders – permite que os navios operem cargas de todos os terminais existentes. No entanto, as paradas operacionais causadas para a troca de terminal acabam atrasando a operação. O estudo estatístico mostrou que as melhores produtividades são conseguidas por navios que operam com três terminais com consignação mínima de 18 mil toneladas cada, exatamente o que a Ordem de Serviço estabelece como prioridade. Atualmente, 35% dos navios que atracam no porto operam nestas condições, no entanto, sem uma preocupação real de atingir esta produtividade. Com a medida, acredita-se que a quantidade de navios a se adequarem a nova regra ultrapassará os 50%.

Segundo o superintendente dos portos, Luiz Henrique Dividino, esta medida irá mudar o cenário de embarque de grãos em Paranaguá. “Quem for mais organizado merece receber as melhores condições de operar”, diz.

Além de criar preferências e consignações mínimas por terminais, a resolução adotada pela Appa mexe também no formato de programação (line uo) dos navios. Agora, para entrar no line up o navio deve ter seu plano de cargas validado pelo operador – a Appa precisa estar informada da carga total a ser embarcada e de onde ela virá (quais terminais). Atualmente, muitos navios que entram na fila do Corredor de Exportação não possuem carga consolidada. Nos períodos de pico de safra, do total de navios aguardando, cerca de 70% não possuíam sequer carga plena, formando uma fila irreal. A partir de 2014, navios nestas condições não entrarão mais na programação e serão considerados como navios ao largo não programados.

Para se ter uma ideia de quanto as múltiplas paradas prejudicam a produtividade dos navios, de janeiro a novembro, as paradas no corredor em função de troca de terminais somaram 22 dias de inatividade.

Outras medidas

Além das novas regras de atracação para navios com melhores condições operacionais, em 2014 a Appa terá um pátio de caminhões exclusivo para os veículos que já vierem com a carga classificada do interior. Já está disponível, em Guarapuava, o sistema criado pela Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar) que classifica as cargas ainda no interior. Os caminhões seguem lacrados para o porto e, a partir de 2014, irão para um pátio alternativo, agilizando ainda mais a operação.

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