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Um salto na logística aérea do Nordeste

Por Redação em 9 de novembro de 2004 às 15h52 (atualizado em 16/05/2011 às 12h12)

          O Pólo Tecnológico de Petrolina, em Pernambuco, será formalizado neste mês de novembro e totalmente implantado até março de 2005. A proposta visa trazer indústrias de alta tecnologia à cidade com base em um programa de isenção de tributos. Nesta quinta-feira, dia 11, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reinaugura o Aeroporto Internacional Nilo Coelho, o primeiro passo na implantação do Pólo.

          O aeroporto é o pioneiro no sertão nordestino na operação com transporte internacional de cargas. Segundo o projeto, serão criadas áreas alfandegadas com unidades industriais para a montagem de produtos no próprio terminal. Isso se traduz em isenção fiscal para produtos importados desde que os mesmos, após remanufaturados, sejam reexportados. A Prefeitura de Petrolina vai conceder isenção para as empresas que operarem no aeroporto. E o Governo do Estado pretende dar isenção do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Em 2005, a Infraero começará os processos de licitação dessa áreas.

           Com a reforma do aeroporto e a implantação do Pólo Tecnológico devem ser criadas linhas comerciais fixas para vôos domésticos e internacionais em Petrolina. As aeronaves chegarão com componentes para as unidades industriais e sairão carregadas com um mix de frutas e produtos industrializados, com redução no custo do frete. Além disso, os produtores locais poderão colocar frutas frescas no mercado europeu, Estados Unidos e Ásia em 48 horas – atualmente demora-se 15 dias para chegar ao consumidor final, por navio.

           O Aeroporto Internacional Nilo Coelho foi reformado ao custo de R$ 50 milhões para adaptar-se a essas necessidades. Ele passa a operar com a maior pista homologada do Nordeste (3.250 metros) e infra-estrutura para receber aviões cargueiros com capacidade para 110 toneladas. Além da pista, foram ampliados armazéns e área de embarque. Projetado para exportações de frutas, o terminal possui um frigorífico com capacidade para 17 mil caixas. Mas atualmente, os galpões estão alugados para produtores locais estocarem a safra, já que não há oferta de vôos internacionais e o custo do frete é elevado – US$ 1,50 por quilo.

www.infraero.com.br
www.petrolina.pe.gov.br

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