Com 25 mil m², a princípio novo terminal prestará suporte às operações offshore da companhia
A Locar Guindastes e Transportes Intermodais inaugurou ontem, dia 12 de agosto, seu primeiro terminal marítimo, iniciativa que faz parte dos R$ 300 milhões em investimento programados pela companhia para os próximos dois anos a fim de ampliar e diversificar seus negócios. Localizado na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, o local, que já consumiu R$ 25 milhões do total que será aplicado no biênio, tem uma área total de 25 mil m², conta com um berço e inicia a operação prestando suporte apenas à frota da companhia - composta por 14 embarcações entre balsas, rebocadores e balsas guindastes - que realizam operações offshore. A previsão é chegar ao final do ano com 22 unidades.
Segundo o diretor-presidente da Locar, Julio Eduardo Simões, o terminal também contará com estrutura para a movimentação de cargas de projeto e, posteriormente, será disponibilizado para as operações de terceiros. “Estamos analisando que outros serviços poderemos oferecer”, diz o executivo acrescentando que, por este motivo, ainda não há perspectiva quanto à potencialidade de movimentação do terminal.
Algumas ações já foram definidas a fim de melhorar a infraestrutura do local. “Vamos construir outro píer com dois berços, mas ainda estamos dependendo de alguns estudos, entre eles, o ambiental”, informa. De acordo com o diretor da Área Marítima, Ricardo Alves, a expectativa é que a ampliação esteja concluída em dois anos. Efetuar a dragagem também está no planejamento. De acordo com Simões, as verbas para as melhorias ainda não estão previstas uma vez que o valor dependerá dos projetos aprovados. Nas estimativas de Alves, o terminal estará apto para operar com sua capacidade máxima dentro de cinco anos.
Números
O diretor da Área Marítima comemora a inauguração. “Trabalhamos com esse segmento na empresa há dois anos e o terminal veio nos ajudar, era o que faltava para nós”, resume. Ele explica que durante este período a companhia operava utilizando áreas emprestadas e alugadas. “Agora temos um espaço estratégico que nos permite oferecer ao cliente uma gama mais ampla de serviços”, afirma. Apesar de recente, o local já contribui para a redução nos custos. Alves já anuncia uma economia operacional 45%, devido à retirada de encargos como pagamento de locação de área e custos de atracação, tanto em portos públicos quanto privados.
Com relação ao faturamento, orçado este ano para R$ 400 milhões – crescimento de 30% frente 2009 – o diretor-presidente reconhece que o segmento marítimo ainda não é muito representativo, mas as previsões são otimistas. “A ideia é que em dois anos a área represente entre 20% e 25% dos nossos negócios”, calcula.
Equipamento
A empresa aproveitou a inauguração do terminal e apresentou seu novo guindaste, o LTM 11.200 da Liebherr. A máquina, que exigiu investimentos de R$ 15 milhões, tem capacidade para 1.200 toneladas e começa a operar no próximo mês de outubro para atender a demanda do setor de infraestrutura nas áreas de energia eólica, petroquímica e papel e celulose, por exemplo.