Operador logístico recebe, desembaraça e envia os produtos diretamente para o CD do cliente
A Santos Brasil assumiu, no último mês de março, toda a logística portuária de produtos food service para a Martin-Brower. O trabalho consiste em receber os contêineres no Tecon Santos, no Porto de Santos (SP), e transportá-los para o Centro Logístico Industrial Aduaneiro (CLIA) – localizado na unidade da Santos Brasil Logística no Guarujá (SP). Lá, os contêineres são desovados e as cargas paletizadas. Além disso, alguns produtos recebem serviços agregados, como selagem para certificação no Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Realizados todos estes procedimentos, as cargas, à medida que solicitadas, são enviadas, por rodovia e utilizando carretas do operador logístico, ao Centro de Distribuição da Martin-Brower em Osasco (SP).
Segundo o diretor-adjunto de Operações Logísticas da Santos Brasil Logística, Ricardo Molitzas, anteriormente a operação era realizada pela própria Martin-Brower, com o envio dos contêineres recebidos no terminal santista para um porto seco, via Declaração de Trânsito Aduaneira (DTA), em Campinas (SP) e, de lá, enviados ao CD de Osasco. Sem revelar números, o diretor ressalta que o modelo adotado antes demandava mais tempo e carga em trânsito. Hoje, contudo, os produtos já estão disponíveis na área de desembaraço em 24 horas.
O volume manipulado também não pode ser medido. Isso porque, a Martin-Brower trabalha por campanhas, gerando sazonalidade nas movimentações. Ele exemplifica. “Realizamos uma operação de 25 contêineres de 40 pés e outra de 54 contêineres de 40 pés”. A falta de uniformidade, porém, não é empecilho. Molitzas explica que há uma agenda de entregas a fim de criar um determinado fluxo. “Temos os dados sobre estas variações e regulamos as operações junto a eles”, diz.
A operação junto à Martin-Bower faz parte da estratégia da Santos Brasil de expandir seus negócios e oferecer ao mercado todos os serviços da cadeia logística. O modelo, reforçado em 2008 após a aquisição Mesquita, atual Santos Brasil Logística, já apresenta resultados. Em 2009, a logística integrada respondeu por 45,4% da receita bruta da Santos Brasil, atingindo R$ 333,7 milhões. A meta para este ano ainda não é revelada, mas a expectativa é de crescimento devido ao aumento do fluxo de cargas de importação no Porto de Santos.